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Os funcionários dos Correios, em greve há 27 dias no Paraná, realizaram uma assembleia na tarde desta segunda-feira (10) para confirmar que a paralisação está mantida no estado. A greve teve início em 14 de setembro.

Em alguns estados, a greve pode acabar na terça-feira (11), quando o Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgará o dissídio coletivo, às 16 horas. Há a possibilidade de assembleias aprovarem a proposta apresentada pelo tribunal na última sexta-feira, o que faria com que os grevistas encerrassem a greve nesta segunda.

Paraná não votará proposta do TST

A assessoria de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) informou que a proposta não foi votada no Paraná nesta segunda-feira (10).

O Sintcom-PR informou que a proposta foi rejeitada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) já na mesa de negociações na última sexta-feira, no TST, e por isso não chegou a ser encaminhada para que os sindicatos votassem em assembleia.

O sindicato do Paraná afirmou que aguarda o julgamento do dissídio coletivo por parte do TST, na terça-feira (11), no qual o tribunal decidirá se a greve é ou não abusiva.

Tentativa de conciliação

Em uma última tentativa de conciliação, o presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, apresentou uma proposta na sexta-feira que previa um abono de R$ 800 para ser pago imediatamente e aumento real de R$ 60 a partir de janeiro do ano que vem, além de um reajuste linear do salário e dos benefícios de 6,87%. A proposta foi acatada pela empresa, mas os trabalhadores não aceitaram. Em relação aos dias parados, o ministro propôs a devolução do valor correspondente aos seis dias de greve que já foram descontados dos trabalhadores, com o desconto posterior em 12 parcelas a partir do ano que vem. Os outros dias de greve que não foram descontados seriam compensados com trabalho extra nos finais de semana e feriados, de acordo com a necessidade da empresa. Essa proposta também não foi aceita pelos funcionários, que querem a compensação de todos os dias de greve, sem desconto de salário. O ministro Dalazen alertou os trabalhadores para a possibilidade de que, ao julgar o dissídio coletivo, o TST acabe determinando o desconto de todos os dias de greve dos trabalhadores. "Se o dissídio for a julgamento, muito provavelmente sofrerão o desconto de todos os dias parados e, possivelmente, sem parcelamento", disse. Segundo ele, a qualquer momento, as partes podem chegar a um acordo, evitando o julgamento pelo TST. Negociações

A direção dos Correios e os representantes dos trabalhadores tinham chegado a um acordo sob a mediação do TST, em 5 de outubro, mas a proposta não foi aceita pelos 35 sindicatos da categoria nos estados (20 dos sindicatos rejeitaram a proposta). O TST determinou na quinta-feira (6) que a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) mantenha em atividade o contingente mínimo de 40% dos empregados em cada uma das unidades operacionais dos Correios, para atendimento dos serviços inadiáveis da comunidade. Se a decisão não for cumprida, a entidade terá que cumprir multa diária de R$ 50 mil.

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