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Paulo Baier durante o desembarque em Porto Alegre | Daniel Castellano, enviado especial/Gazeta do Povo
Paulo Baier durante o desembarque em Porto Alegre| Foto: Daniel Castellano, enviado especial/Gazeta do Povo

Quando Paulo Baier era criança, morador de Ijuí, no interior do Rio Grande do Sul, o time do seu coração e pelo qual ele imaginava jogar era o Grêmio. Resultado de uma família tricolor – com exceção do irmão Éder, colorado por influência dos primos. O pequeno Paulo César certamente não poderia imaginar que, mais de 30 anos depois, entraria no estádio da equipe gaúcha como vira-casaca em uma partida com gosto de decisão. Não só deixou de vibrar com as cores da equipe que pode eliminar da competição, como faz questão de se declarar atleticano.

"Eu sempre fui gremista quando era criança. Mas com passar do tempo você vira profissional, esquece o negócio de Grêmio, Inter, torcedor. Hoje eu sou torcedor do Atlético, tanto que eu tenho cadeira na Arena, sou associado", disse o jogador, já no final de 2010, em entrevista à Gazeta do Povo. Quase três anos depois, essa relação se estreitou ainda mais, em meio à queda para a Série B, o retorno à elite e a fenomenal temporada 2013 do time da Baixada.

O fim da afeição pelo time de infância foi algo natural para quem perambulou por várias casas antes de se encontrar – e se declarar de vez – no Atlético. Passou por Criciúma, Atlético-MG, Botafogo, Vasco, América-MG, Pelotas, Palmeiras, Goiás e Sport. Em 2009, desembarcou no Furacão, onde pretende encerrar a vida de boleiro no ano que vem, depois de jogar na nova Arena.

Antes mesmo de vestir a camisa vermelha e preta pela primeira vez, Baier já deixava claro que o Tricolor estava enterrado em seu passado. Na temporada 2008, ainda no Goiás, ele foi questionado se poderia ajudar o Grêmio a ser campeão caso o time goiano vencesse o São Paulo. "Como é que eu vou dar a vitória para o Grêmio? Não tenho nada a ver com o Grêmio, o Grêmio nunca fez uma proposta para mim, nunca me valorizou quando eu estava disponível", resumiu na época. Valorizado recentemente pelo Furacão, com contrato renovado para 2014, o "velhinho" não vai pensar duas vezes antes de deixar o passado gremista onde deve estar: no passado.

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