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O cadeirante palestino Saber al-Ashkar, de 29 anos, arremessa pedras durante confrontos com forças israelenses ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, a leste da cidade de Gaza, em 11 de maio de 2018 | MAHMUD HAMS / AFP
O cadeirante palestino Saber al-Ashkar, de 29 anos, arremessa pedras durante confrontos com forças israelenses ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, a leste da cidade de Gaza, em 11 de maio de 2018| Foto: MAHMUD HAMS / AFP

Protestos dos coletes amarelos na França

Manifestante segura uma bandeira da França durante um protesto de coletes amarelos (Gilets jaunes) contra o aumento dos preços do petróleo e custo de vida, em 1 de dezembro de 2018, em ParisALAIN JOCARD/AFP

A indignação com o aumento dos impostos sobre os combustíveis fósseis e a insatisfação com as reformas do governo do presidente da França Emmanuel Macron motivaram milhares de pessoas a tomar as ruas em protesto. O movimento, conhecido como “coletes amarelos” (gilets jaunes, em francês), iniciou em novembro e continua dezembro adentro, mesmo após Macron ter voltado atrás no aumento do preços do diesel e gasolina e anunciado aumento do salário mínimo. 

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Caravana de imigrantes centro-americanos 

Vista aérea de migrantes hondurenhos que se dirigem em uma caravana para os EUA, saindo de Arriaga a caminho de San Pedro Tapanatepec, no sul do México em 27 de outubroGUILLERMO ARIAS/AFP

Um grupo de migrantes hondurenhos começou uma jornada com destino aos Estados Unidos no começo de outubro. Eles eram cerca de mil pessoas no início da marcha, mas conforme foram avançando em direção ao norte, salvadorenhos e guatemaltecas se juntaram a eles. 

Os migrantes dizem estar viajando em busca de empregos, melhores vidas para suas famílias e fugindo da ameaça de gangues e comunidades violentas. 

Desde que cruzou a fronteira da Guatemala, a caravana tem sido critica pelo presidente americano e foi um dos assuntos mais comentados durante as eleições de meio de mandato nos Estados Unidos. 

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A morte do jornalista Jamal Khashoggi 

Sombra de um membro da segurança do consulado é vista na porta do consulado da Arábia Saudita em Istambul, em 1° de novembro de 2018 OZAN KOSE/AFP

O jornalista saudita Jamal Khashoggi, colaborador do jornal Washington Post e residente dos EUA, foi assassinado em 2 de outubro no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia. Sua morte repercutiu em todo o mundo por ter sido considerada uma queima de arquivo ordenada pelo alto escalão da realeza saudita. 

A CIA, agência de inteligência dos EUA, apontou em um relatório, sem indicar certeza, que o mandante do crime foi o príncipe herdeiro do país, Mohammed bin Salman, líder de fato da Arábia Saudita que até então vinha gozando de uma boa imagem internacional por ter permitido que mulheres dirigissem ou frequentassem estádios. O motivo de MBS teria sido calar a voz do seu crítico mais proeminente. 

A morte teve fortes repercussões no meio político. O presidente dos EUA, Donald Trump, adotou uma postura considerada fraca pelos seus próprios colegas de partido em relação à Arábia Saudita. A situação levou o Senado americano a dar início ao trâmite de uma resolução para acabar com o apoio dos EUA à coligação liderada pela Arábia Saudita na guerra do Iêmen. 

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Desastres naturais na Indonésia 

Esta foto aérea mostra soldados indonésios enterrando vítimas do terremoto em uma vala comum em Poboya, na região central de Celebes, na Indonésia, em 2 de outubro de 2018, depois que um terremoto e um tsunami atingiram a área em 28 de setembroJEWEL SAMAD/AFP

Mais de 1.300 pessoas morreram depois que um terremoto de magnitude 7,5 atingiu a cidade de Palu, na província de Celebes, na Indonésia. As vítimas de terremoto na Indonésia foram enterradas em vala comum gigantesca, diante ao risco sanitário. 

A preparação para desastres do governo e a capacidade de responder rapidamente às crises estão foram questionadas, particularmente entre o povo de Celebes. A Indonésia está no Anel de Fogo, um arco de falhas geológicas e vulcões no Oceano Pacífico, e o país foi abalado por terremotos nos últimos meses, incluindo um grande e forte tremor na ilha de Lombok, que matou quase 600 pessoas em agosto. 

No fim de 2018, o país foi mais uma vez atingido por um tsunami, que matou mais de 400 pessoas. As autoridades do país ainda estão fazendo resgates e buscando corpos desta mais recente tragédia, desencadeada pela erupção do vulcão Anak Krakatoa.

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Guerra civil do Iêmen 

Bassem Mohamed Hassan, um menino iemenita de dois anos de idade que sofre de de desnutrição, em uma balança em um hospital no distrito de Abs, no norte da província de Hajjah, em 19 de setembroESSA AHMED/AFP

Cerca de 85 mil crianças com menos de cinco anos de idade morreram de fome no Iêmen nos últimos três anos, desde o início da guerra civil no país. A estimativa é do grupo de ajuda humanitária Save The Children. 

Em projeção conservadora, a pesquisa indica a morte de 84.701 crianças por desnutrição entre abril de 2015 e outubro deste ano. 

A ONU (Organização das Nações Unidas) calcula que 14 milhões de pessoas no país vivem sob risco de fome, no que é considerada a maior crise humanitária em curso no mundo. 

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Facada em Bolsonaro 

O candidato presidencial de direita Jair Bolsonaro após ser esfaqueado no estômago durante um comício de campanha em Juiz de Fora em 6 de setembroRAYSA LEITE/AFP

O então candidato à presidência do Brasil Jair Bolsonaro (PSL) foi esfaqueado na barriga durante um evento de campanha, em Juiz de Fora (MG), em setembro. Bolsonaro foi atacado por um homem chamado Adelio Bispo enquanto era carregado por apoiadores durante caminhada na região central da cidade. Cientistas políticos acreditam que a comoção em torno do caso tenha sido um fator relevante nas eleições, contribuindo assim para a chegada de Bolsonaro ao Palácio do Planalto. O presidente eleito ainda se recupera do ferimento. 

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Incêndio do Museu Nacional

O Museu Nacional do Rio de Janeiro, um dos mais antigos do Brasil, em 3 de setembro de 2018, um dia depois de um incêndio tomar o prédioMAURO PIMENTEL/AFP

No início de setembro, um incêndio de grandes proporções atingiu o Museu Nacional, o maior museu de história natural e antropológica da América Latina e o mais antigo do Brasil, com 200 anos. O fogo começou por volta das 19h30 de um domingo, dia 2, depois que o museu já havia encerrado a visitação. Parte do interior do edifício desabou. Recentemente, a instituição anunciou que foram achados mais de 1,5 mil itens sob os escombros. O processo de remoção de entulhos e estabilização da estrutura do museu se iniciou há mais de dois meses e deve durar cerca de mais três meses.

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Os meninos tailandeses

Membros do time de futebol "Wild Boars" no hospital na província de Chiang Rai mostram um desenhoi com mensagens para ex-mergulhador da Marinha Tailandesa Saman Kunan, que morreu em 6 de julho durante a missão de resgateDistribuição/AFP

A mobilização de mais de 1,3 mil voluntários e militares, tailandeses e estrangeiros, para salvar 12 meninos e o treinador do Javalis Selvagens, que se tornou o time de futebol mais famoso da Tailândia, teve um final feliz. Encontrados somente no nono dia de buscas, todos saíram sem lesões graves da caverna Tham Luang, onde entraram em 23 de junho para um passeio e ficaram presos por mais de 15 dias. Durante a missão de resgate, um voluntário morreu.

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Êxodo venezuelano

LUIS ROBAYOAFP

Em 2018, a crise humanitária na Venezuela ficou ainda mais evidente. Milhares de pessoas estão deixando o país diariamente, fugindo da hiperinflação, da fome, da miséria, das doenças, da violência e da repressão do regime ditatorial socialista. Segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), 2,3 milhões de pessoas deixaram o país desde 2015. Até 2019, este número deve saltar para 3,6 milhões, o que representa cerca de 10% da população da Venezuela. Estas pessoas estão migrando, principalmente, para países da vizinhança, como Colômbia, Equador, Peru e Brasil.

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Copa do Mundo

Esta foto tirada do topo do Arco do Triunfo em 15 de julho de 2018 mostra pessoas comemorando a vitória da França na Copa do Mundo da Rússia, na avenida Champs-Elysees em ParisLUDOVIC MARIN/AFP

Com uma média de idade de 25,8 anos, o segundo time mais jovem entre as 32 seleções do torneio (atrás apenas da Nigéria), a França foi a campeã da Copa do Mundo 2018, na Rússia. Em uma final contra a Croácia recheada de emoções e que terminou em 4 a 2, a França conquistou o bicampeonato, igualando-se às seleções da Argentina e do Uruguai. Houve uma grande festa na França. Na capital, milhares de pessoas saíram de casa para comemorar, lotando a mais famosa avenida do país, a Champs-Elysees.

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Escândalos do Facebook

CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, chega para depor antes de uma audiência conjunta do Comitê de Comércio, Ciência e Transporte do Senado dos EUA e do Comitê Judiciário do Senado em Capitol Hill, em 10 de abril de 2018, em Washington, DCJIM WATSON/AFP

Em 2018 o Facebook esteve no centro de um escândalo de vazamento de dados e teve que enfrentar várias batalhas políticas. A Cambridge Analytica, que participou da campanha de Donald Trump, obteve dados sigilosos de 50 milhões de usuários do Facebook e usou as informações para ajudar a eleger o presidente americano em 2016. Mais tarde, o próprio Facebook admitiu que o número de usuários afetados pode ter chegado a 87 milhões, a grande maioria dos Estados Unidos. O caso levou o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, a depor na comissão de Comércio, Ciência e Transporte do Senado dos EUA. Ao longo do ano, outros escândalos de vazamento de dados ocorreram.

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Os refugiados rohingya

Os refugiados Rohingya se reúnem na "terra de ninguém" por trás da fronteira de Mianmar, ladeado por cercas de arame farpado no distrito de Maungdaw, estado de RakhineYE AUNG THU/AFP

Os rohingyas, grupo étnico muçulmano de Mianmar, nação de maioria budista, têm sido expulsos do oeste do país há décadas. Eles foram privados de seus direitos de cidadania e em geral estão confinados a vilas com pouca liberdade para viajar e trabalhar.  

Na província de Rakhine eles já viviam sob uma dura campanha de segurança lançada depois de ataques de militantes em outubro de 2016. Um novo ataque, em 25 de agosto de 2017, feito por um grupo de militantes rohingyas a postos policiais e a uma base militar em Rakhine, renovou a repressão militar, resultando em um êxodo em massa. Pelo menos 700 mil rohingya deixaram o país desde então.

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Escalada no conflito entre Israel e palestinos

O cadeirante palestino Saber al-Ashkar, de 29 anos, arremessa pedras durante confrontos com forças israelenses ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, a leste da cidade de Gaza, em 11 de maio de 2018MAHMUD HAMS/AFP

Os confrontos entre Gaza e Israel vêm aumentando desde que os palestinos lançaram uma campanha de protestos contra Israel no final de março, quando os Estados Unidos inauguraram sua embaixada em Jerusalém. Mais de 220 palestinos e um soldado israelense foram mortos. A campanha começou como um esforço para chamar a atenção para a deplorável situação dos palestinos, mas incluiu repetidos ataques a Israel e esforços para romper a cerca que divide as fronteiras, coordenados pelo grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

Aperto de mão histórico (parte um)

Ditador da Coreia do Norte Kim Jong-un, cumprimenta o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, na zona desmilitarizada da Coreia, em 27 de abrilKOREA SUMMIT PRESS POOL/AFP

Em 2016, o líder norte-coreano Kim Jong-un ameaçou atacar a residência do presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, com mísseis, prenunciando crescentes tensões que mantiveram o mundo alerta. Mas essas tensões começaram a se desfazer quando os dois países inimigos concordaram em competir lado a lado, sob a bandeira unificada das Coreias, nas Olimpíadas de Inverno de 2018, na Coreia do Sul, em fevereiro. 

Alguns meses depois, em abril, Moon e Kim se encontraram na zona desmilitarizada entre as Coreias, onde se cumprimentaram pela primeira vez. No encontro histórico, eles anunciaram o "objetivo comum" de desnuclearização na península coreana, que foi o mais claro compromisso já acordado pelos dois países. Curiosamente, a promessa da Coreia do Norte de desnuclearizar vem depois de um ano em que Kim fez grandes avanços no desenvolvimento e teste de armas nucleares. Os dois tiveram mais um encontro em 2018, quando o Moon visitou Kim em Pyongyang, a capital norte-coreana.

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Aperto de mão histórico (parte dois)

O Presidente Donald J. Trump e líder norte-Coreano Kim Jong-un, apertando as mãos ao se encontrarem pela primeira vez, em 12 de junho de 2018, no Hotel Capella em CingapuraShealah Craighead/Casa Branca

Em 12 de junho, o mundo parou para acompanhar o encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em Cingapura. Com sorrisos, apertos de mão e palavras de calor mútuo, eles entraram para os livros de história como os primeiros líderes de seus países a se encontrarem frente a frente.

Ao fim o encontro eles assinaram um documento com poucos detalhes do que virá a seguir. A Coreia do Norte prometeu "avançar em direção à desnuclearização" - algo que já foi dito antes - e Trump prometeu garantias de segurança não especificadas. Nenhum prazo foi citado, além de um compromisso de que altos funcionários dos dois países continuarão conversando.

Desde aquele dia, alguns avanços foram percebidos: a Coreia do Norte devolveu restos mortais de tropas americanas que lutaram na guerra da Coreia (1950-1953) e declarou ter destruído um centro de testes nucleares; em contrapartida, os Estados Unidos suspenderam os exercícios militares que realizam com a Coreia do Sul na península coreana. As negociações, entretanto, chegaram a um impasse, porque as equipes que deram seguimento às conversas não chegam a um entendimento: os Estados Unidos afirmam que não vão levantar as sanções contra a Coreia do Norte até que haja uma completa e verificável desnuclearização da Coreia do Norte, enquanto que a Coreia do Norte alega que não vai abrir mão de seu arsenal enquanto não tiver uma contrapartida dos Estados Unidos.

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Incêndios na Califórnia

Um bombeiro é visto perto de uma casa em chamas ao longo da estrada Pacific Coast Highway durante o Woolsey Fire, em 9 de novembro de 2018 em Malibu, CalifórniaROBYN BECK/AFP

O mais mortífero e destrutivo incêndio da história da Califórnia (EUA) matou pelo menos 85 pessoas, destruiu 14 mil residências e carbonizou uma área do tamanho de Chicago. O Camp Fire começou em 8 de novembro e atingiu o Condado de Butte, destruindo totalmente a cidade de Paradise. As chamas só foram contidas no fim daquele mês.

Ao mesmo tempo, outro incêndio de grandes proporções atingiu a região da famosa praia de Malibu, ao sul da Califórnia. O Woosley Fire  matou três pessoas e destruiu 1500 construções, inclusive casas de celebridades como Miley Cyrus, Neil Young e Gerard Butler.

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Enfermeiro dirige entre chamas para salvar vidas na Califórnia e ganha nova picape

Vídeo: casal escapa das chamas ao deixar cidade destruída pelo Camp Fire

Existe relação entre os megaincêndios da Califórnia e as mudanças climáticas?

Na política, aliados em um encontro desagradável

Líderes de França, Alemanha, Japão e Estados Unidos em um momento nada amigável durante o intervalo de sessões na cúpula do G-7JESCO DENZEL/AFP

Foram centenas, se não milhares, de fotos tiradas na cúpula do Grupo dos Sete em Quebec neste fim de semana, uma reunião de dois dias entre os líderes dos países mais importantes do mundo para discutir assuntos de todos os tipos, de mudança climática a política comercial internacional. Mas uma em especial se destacou depois que foi publicada pelo gabinete oficial da chanceler alemã, Angela Merkel, no sábado e viralizou na internet por sua composição surreal. 

Para muitos, a imagem demonstra a tensão na relação entre EUA e os seus aliados mais próximos. A linguagem corporal de Trump sugere que ele pode não ter ficado muito feliz de estar lá, enquanto a de Merkel demonstra que a Alemanha – e possivelmente os demais países-membros do G7– não vai se curvar às demandas comerciais do governo americano.

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