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Eleitores chegam a local de votação na Zion Baptist Church em Marietta, Geórgia, 5 de janeiro
Eleitores chegam a local de votação na Zion Baptist Church em Marietta, Geórgia, 5 de janeiro| Foto: SANDY HUFFAKER / AFP

Os eleitores do estado americano da Geórgia votam nesta terça-feira (5) em duas eleições para o Senado que podem ser decisivas para o poder de Joe Biden nos seus primeiros anos à frente da Casa Branca. Isso porque as duas cadeiras em jogo definirão qual partido terá o controle do Senado.

A Geórgia não elege um senador democrata há 20 anos. Se o partido de Biden conseguir o feito de levar as duas cadeiras em jogo, o Senado ficaria com 50 cadeiras para cada legenda e a futura vice-presidente, Kamala Harris, teria o voto decisivo.

Se os republicanos vencerem as duas disputas, controlarão o Senado com uma maioria de 52 assentos. Em qualquer cenário, um dos partidos formará maioria com uma margem estreita. Na Câmara dos Representantes, os democratas têm o controle também por uma margem estreita.

O segundo turno no estado opõe o veterano senador republicano Alfred Perdue, de 70 anos, e o jovem democrata Jon Ossoff, de 33. A outra vaga - em uma eleição especial pela aposentadoria do senador Johnny Isakson - vai ser disputada entre o democrata Raphael Warnock e a senadora estadual republicana Kelly Loeffler. Warnock é representante da comunidade negra de Atlanta e desde 2005 é o pastor da Igreja Batista Ebenézer, a histórica congregação de Martin Luther King Jr.

De acordo com pesquisas compiladas pelo site Five Thirty Eight, Ossoff aparecia com 49,1%, enquanto Purdue tinha 47,4%. A outra disputa também mostra o democrata à frente: Warnock tinha 49,4%, ante 47,2% de Loeffler.

Apoio de Trump e Biden

Na segunda-feira (4), a Geórgia recebeu a visita do presidente Donald Trump e de seu sucessor, Joe Biden, que fizeram campanha pelas duas vagas no Senado.

As eleições de segundo turno para ambos os partidos são, em grande parte, uma questão de participação, já que os candidatos e as campanhas se concentram em motivar suas bases e não tanto em conquistar novos eleitores.

Na Geórgia, onde as mudanças demográficas e a perda do apoio republicano entre moderados com educação universitária nos subúrbios ajudaram os democratas a ascender, há estratégias familiares: os republicanos buscam aumentar o apoio entre os conservadores brancos rurais; os democratas se concentram nos centros urbanos.

Em seu discurso em Atlanta, Biden agradeceu aos eleitores da Geórgia por fazerem dele o primeiro candidato presidencial democrata a vencer no estado em três décadas e pediu mais um apoio, dessa vez para a disputa no Senado. "Diferente de qualquer outro momento da minha carreira, um estado pode traçar o curso, não apenas dos próximos quatro anos, mas da próxima geração".

Trump marcou seu comício para a cidade de Dalton, no noroeste do estado. A região é uma base crucial de apoio republicano, mas a participação na votação antecipada foi decepcionante em muitos condados.

A ida de Trump à Geórgia ocorre dois dias após o telefonema ao secretário de estado, o republicano Brad Raffensperger, em que o presidente pediu-lhe para "encontrar" 11.780 votos que lhe garantissem a vitória na região. Trump ainda tenta fazer os legisladores republicanos impedirem a certificação de Biden amanhã.

O telefonema não foi mencionado por Biden durante seu discurso em Atlanta.

Em entrevista à Fox News no domingo, Perdue disse não achar que o telefonema teria impacto na eleição, mas estava chocado que um colega republicano "gravasse um presidente em exercício e depois vazasse isso." Perdue pediu a renúncia de Raffensperger em novembro.

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