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Mapa mostra locais propícios para o crescimento da castanha-do-Brasil. As melhores áreas estão em vermelho. Os terrenos onde a planta não consegue viver estão pintados de azul | Museu Paraense Emílio Goeldi / Divulgação
Mapa mostra locais propícios para o crescimento da castanha-do-Brasil. As melhores áreas estão em vermelho. Os terrenos onde a planta não consegue viver estão pintados de azul| Foto: Museu Paraense Emílio Goeldi / Divulgação

A lista estadual de espécies em extinção no Pará reúne 181 animais e plantas que correm o risco de desaparecer. Para evitar que o desmatamento e a construção de grandes projetos, como rodovias e hidrelétricas, acabem com os últimos locais em que esses seres conseguem sobreviver, um estudo conduzido pelo veterinário Jorge Martins, pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi, está elaborando mapas de ocupação dessas espécies.

Além de definir onde os animais e plantas vivem, a pesquisa utiliza uma tecnologia recente chamada de "modelagem ambiental": por meio de complexas equações matemáticas, é possível descobrir como os tipos de solo, regimes de chuva e tipos de vegetação influenciam na distribuição geográfica dos seres vivos.

Inicialmente, estão sendo estudadas 32 espécies ameaçadas, entre elas o mogno, a castanheira, a arara-azul e o pau-rosa. "É gerado um mapa de compatibilidade de habitat, mostrando gradualmente as áreas onde o ambiente é mais favorável ou menos favorável para a espécie.", explica Martins.

De acordo com o pesquisador, esses mapas serão muito úteis no momento em que forem desenhados novos projetos para a região, como parques e reservas, usinas hidrelétricas, estradas e zoneamentos ecológicos-econômicos – que definem como deve ser organizada a ocupação do solo. "Se você sabe que há uma área onde várias espécies ocorrem, é possível usar essa informação para evitar que alguns projetos sejam implantados nesses locais", afirma.

A próxima etapa do estudo, segundo Martins, será definir estratégias de conservação das espécies. Os mapas da ocupação das plantas e animais serão cruzados com dados de desmatamento, de ocupação agrícola e de áreas protegidas, como estações ecológicas e reservas. A partir daí, será possível saber quais são os seres que mais estão ameaçados de desaparecer.

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