Polícia sabe há um mês que Madeleine morreu, diz jornal português
Garota inglesa de quatro anos desapareceu de um quarto de hotel em maio. Agora, investigadores suspeitam dos pais da menina
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Gerry McCann disse que acredita firmemente que sua filha de 4 anos está viva, descartando as notícias de que ela teria sido assassinada após ter desaparecido de um apartamento em Portugal
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Ao mesmo tempo em que jornais informam que a Polícia Judiciária portuguesa já tem confirmação da morte da menina inglesa Madeleine McCann, de 4 anos, desaparecida no início de maio, a campanha de arrecadação de fundos para manter a intensa busca por ela está próxima a acumular 1 milhão de libras (cerca de R$ 3,8 milhões) em doações.
Segundo David Hughes, do Madeleine's Fund Leaving No Stone Unturned (Fundo Madeleine, vasculhando todos os lugares, em tradução livre), a informação oficial passada pela polícia à família da garota, que tem ligação direta com o fundo, é de que a principal hipótese é que Madeleine ainda esteja viva. Por isso ninguém sequer aceita discutir a possibilidade de que ela esteja morta.
"Achamos que ela está viva e vamos manter a busca incessante até que consigamos encontrá-la", disse Hughes, em entrevista ao portal de notícias G1.
A arrecadação de doações, iniciada logo após o desaparecimento de Madeleine de um resort em que passava férias com a família na Praia da Luz, tem o intuito de financiar as buscas pela garota e custear as despesas da família, que se dedica exclusivamente à procura da "Maddie" desde 3 de maio. As doações podiam ser feitas pela internet ou depósito bancário, no site oficial da busca pela garota.
Segundo Hughes, "muito pouco deste dinheiro foi usado até o momento", por ainda haver uma investigação oficial da polícia portuguesa e atenção da mídia. Mas ele pode ser usado para financiar investigações particulares, distribuição de fotos e panfletos, propagandas que mantenham a atenção da sociedade voltada para a busca.
Até esta quarta-feira, as doações já acumulavam 946.843,92 libras ( R$ 3,653 milhões. Hughes não soube especificar o que vai acontecer com todo este dinheiro caso se confirme a informação de que Madeleine morreu. "O fundo existe para ajudar nas buscas. Caso ela esteja morta, o que preferimos acreditar que não seja verdade, vai caber à junta de diretores definir o que vai ser feito do dinheiro", disse.
O grupo de diretores é formado por seis pessoas, incluindo dois familiares da menina desaparecida.
Triste conclusão
Escutas telefônicas e rastreamento de e-mails teriam sido determinantes para que os investigadores do caso Madeleine concluíssem que a menina de 4 anos foi morta no apartamento em que dormia na noite do dia 3 de maio, em um quarto de hotel na Praia da Luz, em Portugal. É o que afirma o jornal português "Diário de Notícias", citando fontes ligadas à investigação.
Na terça-feira (7), o jornal afirmou que a Polícia Judiciária portuguesa (PJ, equivalente à Polícia Federal brasileira) sabe há um mês que a britânica Madeleine McCann morreu na noite em que foi dada por desaparecida. E por isso teria descartado definitivamente a hipótese de seqüestro.
A nova linha de investigação mostra, ainda segundo o jornal, que a morte de Madeleine aconteceu - por homicídio, acidente ou negligência - no quarto em que a família McCann passava as férias em um complexo turístico no balneário da Praia da Luz, no sul de Portugal. Foram esses novos indícios que levaram a Portugal agentes britânicos. Em colaboração com a polícia portuguesa, eles rastrearam a área por terra - com cães adestrados para farejar corpos - e mar.
O jornal diz que as suspeitas iniciais sobre os pais da menina ganharam mais força e a certeza da morte de Madeleine abriu um novo caminho de investigação, mais concentrada no casal McCann e em seu círculo mais próximo.
Segundo o "Diário de Notícias", as versões contraditórias de pais, parentes e amigos sobre o fato contribuíram para aumentar as dúvidas sobre a teoria de um seqüestro. Por este motivo, a PJ deve ouvir todos novamente para confrontar o teor de conversas telefônicas e troca de e-mails, assim como o resultado da perícia feita no carro Renault Scénic que foi utilizado pelo casal durante a estadia em Portugal.
Frustração belga
As amostras de DNA recolhidas pela polícia belga de um canudo e uma garrafa que, segundo uma testemunha, teriam sido usados por uma menina parecida com Madeleine McCann, não são da britânica, informou nesta quarta-feira (8) a Procuradoria de Tongres (leste da Bélgica).
O DNA é de um indivíduo do sexo masculino, afirmou a Procuradoria, lembrando que esta descoberta não significa que a polícia belga tenha abandonado a pista de que Madeleine apareceu num restaurante perto de Tongres.
Os agentes ainda buscam o veículo no qual um homem de cerca de 40 anos, uma mulher aparentando 25 anos e uma menina parecida com Madeleine chegaram e saíram do restaurante onde a testemunha os viu, no dia em 28 de julho.
O casal estava em um carro preto da marca Volvo com placa belga, que começava com as letras VUV.
As amostras de DNA recolhidas pelos investigadores podem ser do homem que, segundo a testemunha, acompanhava a menina no restaurante onde foram recolhidos a garrafa e o canudo.
A testemunha afirmou que o casal e a menina se comportavam de maneira "suspeita" e que a menina teria cerca de cinco anos, o cabelo loiro e os olhos azul-enverdeados muito chamativos e se parecia com a desaparecida no Algarve português em 3 de maio.
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