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Magno Malta defende CPMI do INSS e pede a prisão de Carlos Lupi

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O senador Magno Malta (PL-ES) (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado )

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Em discurso, nesta quarta-feira (8), o senador Magno Malta (PL-ES) defendeu a instalação imediata da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os desvios bilionários no INSS através dos descontos associativos.

O senador também pediu a prisão do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, a quem Malta acusa de permitir “um assalto institucionalizado” aos benefícios de aposentados e pensionistas no país.

“O senhor Lupi e sua trupe precisam ser presos. Vivem nababescamente em cima da miséria de quem não tem aposentadoria nem para comprar remédio”, disse o parlamentar.

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Malta ainda citou o relato da própria tia, idosa e amputada, que segundo ele tem enfrentado descontos indevidos em sua aposentadoria sem explicações.

“Ela me liga todo mês, desesperada. Está recebendo cada vez menos. O dinheiro que deveria garantir o mínimo de dignidade agora não dá nem para o remédio”, contou.

O senador também relatou um encontro recente com representantes da Associação de Aposentados do Espírito Santo.

De acordo com Malta, os relatos de descontos inexplicáveis e dificuldades financeiras são generalizados, especialmente entre aposentados do campo, trabalhadores rurais e pessoas em situação de vulnerabilidade social.

“É um comportamento infame. Roubam de quem mal tem o que comer. Estão tirando de quem já tem pouco, de quem trabalhou a vida inteira”, disse.

Para o senador, a instalação da CPMI do INSS não deve ser tratada como uma pauta de oposição, mas como uma questão de justiça social.

“Não é contra o PT, não é contra o PDT, é contra ladrões. Contra gente sem sentimento. Tarados por dinheiro”, declarou. 

Governo usará dinheiro público para ressarcir vítimas

Mais cedo, o governo Lula confirmou que terá de usar dinheiro público para cobrir o ressarcimento das vítimas da fraude descoberta pela Polícia Federal no INSS.

O valor estimado de cerca de R$ 6 bilhões será confirmado somente após os cerca de 9 milhões de aposentados e pensionistas indicarem se realmente tiveram algum desconto irregular ou não.

Após ressarcir as vítimas, o governo irá atrás das associações acusadas dos desvios para recompor os cofres públicos. Estima-se que, neste momento, R$ 2,5 bilhões em bens das entidades e dirigentes já estejam bloqueados.

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