As imagens e os relatos vindos de Manaus nos últimos dias chocaram o Brasil e o Mundo. A falta de oxigênio em hospitais agrava uma situação que já era de caos sanitário na capital do Amazonas, que sofre mais uma vez com o alto número de casos de Covid-19.
Mas o que explica esse cenário quase apocalíptico no norte do Brasil?
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Caos sanitário em Manaus: o que aconteceu?
Vale lembrar que essa não é a primeira vez que Manaus encara um colapso no sistema de saúde por causa do coronavírus. Em abril de 2020, ainda no início da pandemia, a cidade foi uma das primeiras capitais a chegar ao limite por causa do alto número de casos.
E menos de um ano depois, temos esse Dejà-vu ainda pior. Mas a situação não tem nada de má sorte ou falta de previsibilidade. De acordo com especialistas, essa era uma tragédia anunciada.
Quando o número de infectados começou a diminuir depois do primeiro colapso, muito se falou sobre Manaus ter atingido a imunidade de rebanho, com direito até mesmo a artigo científico afirmando isso.
Só que mesmo com boa parte dos pesquisadores dizendo que as coisas não eram bem assim, essa ideia se popularizou e isso contribuiu para um relaxamento das medidas de proteção.
O resultado foi que, desde agosto, o número de casos voltou a subir. E quando o governo estadual decretou um lockdown para tentar frear novas contaminações, a própria população pressionou para que a restrição fosse retirada.
Além disso, uma nova cepa do coronavírus foi identificada na região para piorar esse cenário todo. A nova variante ainda está sendo estudada, mas há indícios que mostram que ela é mais transmissível que a anterior.
Para tentar solucionar o problema, o governo federal enviou mais de 380 cilindros de oxigênio para hospitais de Manaus. O governo da Venezuela informou que também vai ajudar.
Além disso, pacientes estão sendo transferidos para outros estados em aviões da FAB, inclusive bebês recém-nascidos.
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