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Sessão solene aniversário PT
Sessão solene em homenagem ao PT.| Foto: Lula Marques/Facebook Gleisi Hoffmann

Os 40 anos do Partido dos Trabalhadores foram celebrados em uma sessão solene na Câmara do Deputados, nesta terça (11). Oficialmente, o partido fez aniversário no domingo (10). A sessão foi comandada por Gleisi Hoffmann (PT-PR), deputada federal e presidente nacional do partido. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participou da solenidade.

Segundo Gleisi, a ausência só aconteceu porque Lula deve embarcar para Roma nesta terça. O ex-presidente vai encontrar o Papa Francisco. A reunião está marcada para acontecer na quinta (13).

A também ex-presidente, Dilma Rousseff, e Fernando Haddad não estiveram presentes na sessão. O partido realizou no último fim de semana um festival para comemorar o aniversário. O "Festival PT 40 anos" durou três dias e foi realizado no Rio de Janeiro, estiveram presentes Lula, Haddad e o ex-presidente do Uruguai, José Mujica.

Na sessão desta terça, Gleisi ressaltou que o partido tem uma “história curta, porém muito intensa”. relembrou que a primeira bancada do PT foi eleita em 1982, com oito deputados federais e três prefeitos e hoje tem a maior bancada na Câmara dos Deputados. A deputada afirmou que o PT é um “instrumento de luta política” e a “perseguição que o partido sofreu nos últimos tempos, em especial ao presidente Lula” não destruiu a sigla.

Greve dos petroleiros e privatização dos Correios

Gleisi saudou os petroleiros que estão em greve há onze dias. Pelo menos 13 estados aderiram à paralisação e a Petrobras procura temporários para manter a produção, segundo a Folha de S. Paulo. Cerca de 20 mil trabalhadores participam da mobilização. A greve começou como protesto às demissões e fechamento da unidade de fertilizantes Araucária Nitrogenadas, em Araucária, no Paraná.

O representante do comitê contra a privatização dos Correios, Saul Gomes, falou sobre a possível venda da estatal. “Não somos parasitas, trabalhamos no sol e na chuva, por um correio que conecta esse Brasil tão grande”, disse Gomes. A deputada reafirmou o compromisso do PT de estar ao lado dos trabalhadores dos Correios e contra a privatização.

Rodrigo Maia enviou pronunciamento a Gleisi

Gleisi fez a leitura de um pronunciamento enviado por Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados. Maia lembrou do papel do PT nos anos após a ditadura militar, citou os reveses sofridos e as reflexões sobre os erros dentro do partido. O presidente ressaltou a “trajetória de inenarrável apreço pelo sistema democrático brasileiro” do PT.

O embaixador de Cuba, Rolando Gomes; a embaixadora da Nicarágua Lorena Martinez; o embaixador da Coreia do Norte; o encarregado de negócios da Venezuela; representantes das embaixadas do México, da Espanha e do estado da Palestina; conselheiro político da embaixada da China. Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, enviou uma carta ao partido.

Os deputados do PSB Marcelo Niro (BA) e Bira do Pindaré (MA), Marcelo Freixo (Psol-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Alice Portugal (PCdoB-BA) também marcaram presença na solenidade. Jandira Feghali lembrou da aliança construída ao longo de três décadas entre PCdoB e PT, para enfrentar as “forças conservadoras de direita”.

O senador Rogério Carvalho, líder da bancada do PT no Senado, a deputada Benedita da Silva e representando os deputados estaduais do partido Jacy Afonso (PT-DF), entre outros membros da sigla participaram da sessão. Bem como, Alexandre Conceição, coordenador nacional do Movimento dos Sem Terra (MST) e um representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Protesto contra PL 191/2020  

Duas faixas estendidas no Plenário da Câmara mostravam um protesto contra o projeto de lei 191/2020. A proposta é uma iniciativa do governo federal e pretende regulamentar a exploração recursos minerais, hídricos e orgânicos em reservas indígenas. Vários representantes de comunidades indígenas do Sul do país participaram do evento.

Golpe, Lula Livre e militância foram lembrados

Vários deputados petistas discursaram no plenário, muitos citaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, tratado como um golpe contra o partido. Também a prisão de Lula, tratado como preso político perseguido.

Valmir Assunção (PT-BA) parabenizou a militância do partido, em especial as pessoas que fizeram parte da Vigília Lula Livre, que ficou na frente da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, durante os 580 dias em que Lula esteve preso.

Foram distribuídas cartilhas com propostas de reforma tributária solidária e com a transcrição do discurso feito por Lula feito no sétimo congresso do PT, realizado em 2019, em que explica “para que serve o PT”.

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