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Rodrigo Pacheco
Presidente do Congresso quer saber quem são os parlamentares que podem ter sido monitorados em suposto esquema ilegal dentro da Abin.| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou na manhã desta segunda (29) que vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma lista com os nomes dos parlamentares que podem ter sido monitorados ilegalmente no suposto esquema de espionagem descoberto dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Esse esquema vem sendo alvo da Polícia Federal desde o ano passado e que teve, em menos de uma semana, duas operações contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que teriam ligação ou que foram beneficiados pelo monitoramento ilegal de autoridades como políticos, juízes e advogados. O mais recente, na manhã desta segunda (29), é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente.

“Encaminharei ao Supremo Tribunal Federal ofício solicitando os possíveis nomes de parlamentares clandestinamente monitorados pela Agência Brasileira de Inteligência, dada a gravidade que um fato dessa natureza representa”, disse Pacheco em nota confirmada à Gazeta do Povo pela assessoria de imprensa dele.

De acordo com as investigações da PF, Carlos Bolsonaro teria sido beneficiado ao receber informações confidenciais apuradas pela Abin neste suposto esquema de monitoramento. Além dele, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) também é investigado e foi o primeiro aliado do ex-presidente a ser alvo da operação – ele era o diretor-geral da agência no período em que o programa de espionagem supostamente era utilizado.

A investigação envolvendo a Abin e membros da família Bolsonaro remonta à reunião ministerial realizada pelo ex-presidente em 2020, em que reclamou que não tinha acesso a informações sensíveis de segurança contra seus familiares e amigos.

Ramagem foi o comandante da Abin no período em que o programa FirstMile esteve em funcionamento, entre o final do governo de Michel Temer (MDB) até o terceiro ano do governo de Bolsonaro. As investigações apontam que o software podia monitorar aparelhos celulares e tablets de autoridades como políticos e juízes.

Alexandre Ramagem negou todas as suspeitas e disse, pouco depois da operação, que determinou uma auditoria no contrato do First Mile logo que tomou posse do cargo, no início de 2019. De acordo com ele, foi o resultado dessa análise que levou à operação deflagrada pela Polícia Federal.

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