O ex-ministro da Educação no governo de Jair Bolsonaro (PL), Abraham Weintraub, anunciou nesta sexta-feira (26) que pretende concorrer ao cargo de prefeito de São Paulo nas eleições de outubro. Embora esteja filiado ao PMB, ele quer entrar na disputa como candidato avulso, sem partido.
Em uma live realizada na rede social X, o ex-ministro, hoje rompido com o ex-presidente Bolsonaro, disse que irá pleitear na Justiça Eleitoral a utilização do número 37, em referência a um de seus salmos da Bíblia preferidos, o de São Davi. A legislação brasileira hoje exige a filiação partidária como condição para elegibilidade.
“Sou pré-candidato a prefeito de São Paulo. Você que está me escutando não precisa aceitar a chantagem do [Jair] Bolsonaro, Valdemar [Costa Neto, presidente do PL], [Gilberto] Kassab e Tarcísio [de Freitas] de ‘ou você vota no [Rircardo] Nunes ou o [Guilherme] Boulos ganha’. Talvez eu ganhe, provavelmente não vou ganhar [...] mas pelo menos você vai para uma eleição com dignidade”, afirmou, referindo-se a dois dos principais nomes na corrida ao Palácio dos Bandeirantes.
Weintraub foi ministro da Educação entre 2019 e 2020, mas deixou a pasta para ocupar a diretoria-executiva do Banco Mundial. Em 2022, rompeu com Bolsonaro depois que não encontrou apoio de seu ex-chefe para concorrer ao governo de São Paulo. À época, o então presidente preferiu lançar o então ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que acabou eleito.
Desde então, Weintraub tornou-se uma voz crítica a Bolsonaro. Nas eleições de 2022, foi candidato a deputado federal pelo PMB, mas acabou não sendo eleito.
Ao jornal “O Estado de S.Paulo”, o agora pré-candidato disse não ter qualquer descontentamento dentro do partido ao qual está filiado. “Não tenho nada de mal para falar do PMB, só boas palavras, mas o caminho que seguiremos será avulso”, disse.
Caso fracasse na estratégia de pedir à Justiça uma candidatura avulsa, Weintraub disse não ver espaço para uma legenda como o PMB abarcar seu projeto.
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