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Sem controle

Armamento entra por 17 cidades e 3 portos

O mercado mundial ilícito de armas de fogo movimenta até US$ 320 milhões por ano, isso é, 20% do mercado lícito, segundo cálculos do Escritório das Nações Unidas Contra a Droga e o Crime (Unodc). No caso brasileiro, a Polícia Federal (PF) calcula que 95% das armas de grosso calibre usadas por organizações criminosas entram pelas fronteiras (outros 5% são obtidos em assaltos a quartéis e empresas de segurança). Em 2009, a PF identificou 17 cidades de fronteira usadas como ponto de entrada de armas ilegais, além dos portos de Santos, em São Paulo, de Sepetiba, no Rio de Janeiro, e de Paranaguá, no Paraná.

Pelas fronteiras, cinco países sustentam o poder bélico do crime organizado brasileiro. Via Paraguai, as armas entram por Foz do Iguaçu e Guaíra, no Paraná, além de Bela Vista, Ponta Porã, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas e Mundo Novo, todas no Mato Grosso do Sul. Pela Bolívia, o armamento ingressa via Corumbá (MS), Cáceres (MT), Guajará-Mirim (RO), Brasiléia e Plácido de Castro (AC). Da Argentina, entra por Uruguaiana (RS), do Uruguai por meio de Quaraí e Santana do Livramento, e da Colômbia, por Tabatinga (AM).

O armamento pesado que entra no Brasil, numa triangulação com países como Paraguai, Bolívia, Uruguai e Argentina, é sobretudo de fabricação russa, norte-americana, israelense e austríaca.

As brechas existentes na fiscalização dos 170 quilômetros do Lago de Itaipu, entre Foz do Iguaçu e Guaíra, fazem do Paraná a principal rota do tráfico de armas e munições de todo o Brasil.

Por ser uma porta de entrada de pistolas, cartuchos e fuzis, o estado contabiliza apreensões expressivas. Só no ano passado, a PF retirou de circulação 19.543 munições e 169 armas dos mais diversos calibres em todo o Paraná, o maior índice do país. Neste ano, a cena repete-se: no primeiro trimestre, a PF interceptou 8.846 munições, quase metade do total retido em 2009.

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