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Frederico Schmidlin, em sociedade com Wilherm Tamm, montou sua loja, em prédio próprio, na esquina da Rua Riachuelo com a São Francisco |
Frederico Schmidlin, em sociedade com Wilherm Tamm, montou sua loja, em prédio próprio, na esquina da Rua Riachuelo com a São Francisco| Foto:
  • Estoque de mobiliário e tapeçaria
  • Parte das louças e porcelanas
  • Máquinas de costuras e prateleiras com cristais
  • Balcão de variedades e armamentos
  • A família Schmidlin reunida em festa de Natal há mais de cem anos
  • Lampiões a querosene

Esta página é feita especialmente para quem gosta de divagar com amenidades, jogar longe o pensamento, imaginar como seriam ou como eram as coisas nos velhos tempos. Eu tenho um amigo especial, que conheço há mais de sessenta anos, o Henrique Schmidlin, mais conhecido como Vitamina, um apelido que angariou como marumbinista e que se tornou até mais forte que o próprio nome.

Muito bem. O Vita é hoje o homem que mais conhece a natureza não só no Paraná, mas também em outros rincões do Brasil e, apesar de seus setenta e vários, continua a fazer suas longas caminhadas pela Mata Atlântica, que é o ambiente preferido para as suas excursões. Já de longo tempo, eu tinha interesse em conhecer e publicar as fotografias de uma das maiores lojas que Curitiba já teve e que pertenceu aos seus ancestrais, a Casa Porcellana.

Frederico Schmidlin, em sociedade com Wilherm Tamm, montou sua loja, em prédio próprio, na esquina da Rua Riachuelo com a São Francisco, no final do século dezenove. Na fachada o nome do estabelecimento: Casa Porcellana, mais abaixo: Schmidlin & Tamm. Nas paredes externas estavam pintadas as ofertas: Porcellanas e Crystaes – Armas e Munições –Machinas de Costura – Mobílias e Tapetes – Tintas, Óleos e Vernizes – Instrumentos de Lavoura – Deposito de Ferro e Aço – Trens de Cosinha e Miudezas.

A loja, instalada em enorme sobrado de dois andares, vendia todo o tipo de utilidades. As mercadorias eram todas importadas principalmente da Alemanha: os sócios estavam sempre viajando para lá, com o intuito de ficarem conhecendo as novidades e refazerem seus estoques.

As fotografias feitas no interior da Casa Porcellana são de deixar qualquer antiquário da atualidade maluco. Cadeiras e poltronas vienenses; tapeçaria e congoleuns alemães; lustres de mechas a querosene, batedeiras de manteiga, garruchas, pistolas, espingardas e revólveres. Louça, muita louça, talheres e ferramentas; Jarras e bacias, carrinhos de bebês. Milhares de peças em porcelana, vidros e cristais expostos nos armários e prateleiras. Ferramentas para oficinas e para uso agrário; um amplo deposito de ferragens, tintas e material químico. Enfim, um estabelecimento especializado em trazer conforto para os curitibanos dos séculos dezenove e vinte.

Pelo volume de importadores das mais variadas espécies de utilidades domésticas; fazendas e armarinhos, assim como de secos e molhados, que existiram na Velha Curitiba, podemos concluir que os habitantes da cidade naqueles tempos tinham as suas regalias em bem viver.

Para ilustrar a Nostalgia de hoje, escolhemos algumas fotos entre as diversas que o Vitamina nos cedeu. Abrimos com as duas fachadas da Casa Porcellana, a primeira no século dezenove e a segunda, já no início do ano de 1900, ambas no mesmo prédio da Rua Riachuelo. Seguem-se as demais fotografias do interior da loja.

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