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Parte das casas que tiveram o telhado destruído pela tempestade de granizo que atingiu a cidade no dia 18 de outubro, em Campo Largo, ainda passa por reparos | Brunno Covello / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Parte das casas que tiveram o telhado destruído pela tempestade de granizo que atingiu a cidade no dia 18 de outubro, em Campo Largo, ainda passa por reparos| Foto: Brunno Covello / Agência de Notícias Gazeta do Povo
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O dia em que o hospital pediu socorro

A chuva do dia 17 instaurou o caos nas galerias do Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo. As pedras de gelo transformaram o telhado em uma peneira, e obrigaram a transferência imediada de 400 pacientes para novas instalações, ainda em fase de finalização das obras. Leia matéria completa da Gazeta do Povo sobre o caso.

Doações

A cidade ainda precisa de doação de produtos como telhas, lonas, colchões e cobertores, alimentos, água e produtos de limpeza e higiene pessoal.

Corpo de Bombeiros ou Defesa Civil: (41) 3210-2707 ou 3292-3144.Centro da Juventude: Avenida Ademar de Barros, esquina com a XV de Novembro. Informações: (41) 3292-3487.Prefeitura de Campo Largo: doações em dinheiro para conta da Caixa Econômica Federal – agência 0385; conta 1-2; CNPJ 76105618/0001-88.

  • Dona de casa, Zenin Nicolau teve prejuízos com danos em dois carros da família, uma máquina de lavar, além de roupas e móveis
  • Cidade ainda precisa de doação de produtos como telhas, lonas, colchões e cobertores, alimentos, água e produtos de limpeza e higiene pessoal
  • No Centro e no Ouro Verde – os bairros mais afetados – moradores lidam para reconstituir telhados, arrasados pela chuva e granizo
  • Muitas famílias tiveram que recorrer ao cartão de crédito para comprar telhas para providenciar os reparos
  • No último sábado (25), o Centro da Juventude do município – que centralizou as doações aos atingidos

Dez dias após a série de temporais – que em 17 de outubro afetou mais de 3,6 mil casas – Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, ainda luta para se recuperar dos estragos provocados pela chuva e pelo granizo. Nesta terça-feira (28), nos bairros mais atingidos – o Centro e o Ouro Verde – entulho se acumulava pelas calçadas e, nas residências, homens trabalhavam sob um sol inclemente para cobrir os telhados com lonas ou telha. Nem o material doado pela Defesa Civil tem sido suficiente para improvisar os reparos.

Veja fotos da reconstrução das casas em Campo Largo nesta terça-feira (28) "Doamos lona ou 30 telhas de cimento-amianto por família. Mas foram muitos atingidos. É difícil atender a todos. Falta material", disse Marvel Alberto Bertani, da Defesa Civil. Ainda não havia um levantamento do volume de material distribuído às famílias afetadas.

Situação de emergência

Com o reconhecimento por parte do governo federal da situação de emergência, feito nesta segunda-feira (27), quem mora em bairros atingidos pelas chuvas têm direito à liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para ajudar na reconstrução da casa.

No último sábado (25), o Centro da Juventude do município – que centralizou as doações aos atingidos – passou a apenas receber mantimentos, segundo informações da Prefeitura. A distribuição passou a ser feita mediante a triagem de uma equipe da Defesa Civil, Provopar e do executivo municipal. O objetivo é assegurar que somente quem foi prejudicado pela intempérie receba as doações.

Informações da Defesa Civil dão conta de que 3.600 casas foram danificadas pelo temporal e um total de 110 mil pessoas foram afetadas. A Prefeitura, no entanto, ainda não sabe precisar qual a dimensão dos danos individuais. A estimativa do município é de que os prejuízos do poder público – entre prédios, equipamentos e frota danificada – passam de R$ 12 milhões.

Luta para se reerguer Do teto da oficina da família Marcon, só restaram o madeiramento e uns poucos cacos de telha. Enquanto aguarda a chegada do material para reconstruir o telhado, o estabelecimento não recebeu um cliente sequer. No dia da tempestade, carros e caminhões de clientes foram danificados, depois de terem sido atingidos por pedras de gelo. O prejuízo é estimado em mais de R$ 150 mil. "Na hora, eu corri para debaixo de um caminhão. Caíam pedaços de telha, pedras de gelo rolavam. Eu só rezava e pedia para que não acontecesse nada comigo e com meus filhos", disse o dono da oficina, Carlos Marcon. As casas dos filhos dele também foram destruídas. Na casa do professor Sérgio Mocelin, quatro pedreiros davam duro para reconstituir o telhado. Ele também perdeu móveis – como um sofá e um guarda-roupa – e levas de roupas. "Na hora, eu estava em Curitiba. Quando cheguei aqui, tudo estava destruído. Era desolador", contou. A mãe dele, de 80 anos de idade, estava na casa e se assustou com a bolotas de gelo que vazavam o teto. "Era um barulho que você não imagina. A gente não sabia o que tava acontecendo", disse Jandira Mocelin. "Depois, tinha que andar com sombrinha armada dentro de casa", completou. Além do telhado, a dona de casa Zenin Nicolau contabiliza outros prejuízos: dois carros da família tiveram a lataria estragada, uma máquina de lavar roupas foi destruída, além de roupas e móveis. Teve que recorrer ao cartão de crédito para comprar telhas para providenciar os reparos. "Eu não tinha economias, mas tem que arrumar. Não dá pra deixar assim. Vamos ver como vai ser", disse. "Acho que vai mais de um mês para ajeitar tudo", estimou.

Granizo ainda causa transtornos em Campo Largo

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