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A pedido da Polícia Civil de Maringá, a Justiça decretou na tarde desta quinta-feira (1º) a prisão de Anderson Gargan , que invadiu uma sala da Faculdade Ingá (Uningá) e tentou executar o estudante Alex Algudo com tiros na cabeça. Segundo o delegado Nilson Rodrigues, três equipes estão procurando o atirador de 24 anos, mas ainda não há pistas sobre o paradeiro. A tragédia na Uningá só não se confirmou porque a arma falhou quando Gargan atirou contra Algudo.

A ex-namorada de Gargan, pivô do conflito, deu depoimento na quarta-feira (30). Ela contou que namorava Gargan enquanto ambos moravam em Porto Velho (RO). Ela veio para Maringá há dois anos e ele, inconformado com o fim do relacionamento, também se mudou para o Paraná. Desde a mudança, eles sempre tinham desentendimentos.

O estudante não foi atingido por nenhum dos tiros, mas recebeu 20 pontos na cabeça, por conta das quatro coronhadas que levou. O atentado aconteceu por volta das 19h10 de segunda-feira (28). Algudo tinha chegado havia poucos minutos à faculdade, onde cursa o primeiro ano de Fisioterapia. Em entrevista ao JM, concedida por telefone, contou que o professor mal tinha começado a falar quando Gargan entrou, apontou a arma para cima e ordenou que todos fossem para o fundo da sala. Havia aproximadamente 40 alunos no local.

"Ele começou a perguntar quem era Adriano, mas todo mundo dizia que não havia nenhum Adriano", conta Algudo. A vítima relatou que Gargan pediu que ele mostrasse a carteirinha da instituição, para provar que não se chamava Adriano. Mesmo depois de provar que se chamava Alex, o estudante teve de se ajoelhar, a mando do agressor. "Ele me pediu para ajoelhar e atirou duas vezes contra mim", recorda.

Os disparos falharam. Foi quando Alex pegou uma carteira escolar e jogou sobre Gargan. Os dois começaram a lutar. O estudante levou, então, quatro coronhadas na cabeça. Durante a briga, o agressor ainda disparou outras três vezes. Os tiros atingiram carteiras e paredes da sala de aula. Nenhum dos outros alunos foi atingido ou se feriu durante o incidente.

Alex lembrou que, durante a luta, conseguiu se afastar de Gargan, escondendo-se entre as carteiras. Nesse momento, o homem armado pegou uma estudante pelo pescoço, que seria o pivô de todo o incidente, e saiu da sala de aula.

Antes de deixar a instituição, Gargan foi parado por um segurança e por estudantes. Eles conseguiram lhe tomar a arma, de calibre 38, que foi apreendida pela Polícia Civil e pela Polícia Militar, que chegaram na sequência.

Aparentemente, o motivo para o incidente envolve a estudante, cujo nome não foi divulgado, que o agressor tirou da sala antes de fugir. Ela seria ex-namorada do agressor. Segundo Alex, os dois teriam terminado há duas semanas. Logo depois, ela e o estudante agredido começaram a se relacionar. Antes disso, a vítima garante que nada tinha acontecido e que eram apenas amigos. Alex contou também que a aluna estava sendo ameaçada pelo ex-namorado.

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