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A advogada Carla Cepollina disse ao G1 na noite desta quarta-feira (1º) que está aliviada com a decisão do juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, de não levá-la a júri popular pela morte do coronel Ubiratan Guimarães. "A barra ficou pesada em muitos momentos, mas, como não fui eu, em algum momento isso tinha que vir à tona. Opressão e injustiça não duram para sempre", disse.

O coronel foi morto no dia 9 de setembro de 2006 no apartamento onde morava na região dos Jardins. Conhecido por ter comandado a operação que terminou, em 1992, com a morte de 111 presos no Carandiru, Ubiratan morreu com um tiro no abdome disparado por uma de suas sete armas. A advogada mantinha na época um relacionamento amoroso com Ubiratan.

Na decisão, o juiz diz que "o indício de autoria tem de ser suficiente, ou seja, a prova deve demonstrar de forma razoável que há grande possibilidade de o réu ser o autor do crime, de modo que, não estando presente um dos requisitos para a pronúncia, é imperativa a impronúncia". O juiz determinou o arquivamento do processo.

"Foram dois anos de muita luta, mas eu nunca pensei que fosse perder. Isso é uma vitória da minha família, dos meus amigos e dos meus advogados", afirmou Carla. Ela recebeu a notícia por volta das 18h desta quarta-feira (1º) pela advogada que a defendeu no processo, Dora Cavalcanti.

A noite começou com os telefonemas de familiares e amigos. "Desde que eu cheguei, amigos que ligavam na época inconformados estão ligando justamente para se unir a essa notícia", disse a mãe de Carla, a também advogada Liliana Prinzivalli. "Amanhã eu vou à igreja, será a primeira coisa que eu vou fazer", completou a mãe.

Inconformados

O promotor responsável pelo caso informou ao G1 na noite desta quarta-feira (1º) que irá recorrer da decisão porque acredita que há elementos para que Carla vá a júri popular. "Fiquei estupefato, porque não era a decisão que eu esperava", afirmou o promotor. Diogo Guimarães, filho de Ubiratan, disse estar chocado com a decisão anunciada nesta quarta. "Acabei de saber da notícia e não consigo nem dizer o que estou sentindo. Fiquei chocado com a informação", afirmou.

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