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Policiais continuam em busca do último suspeito de envolvimento na morte do delegado Zuba | Ivonaldo Alexandre/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Policiais continuam em busca do último suspeito de envolvimento na morte do delegado Zuba| Foto: Ivonaldo Alexandre/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Buscas por um dos suspeitos continua nesta sexta-feira

  • Aproximadamente 200 policiais estão em busca de um fugitivo suspeito de envolvimento na morte do delegado José Antônio Zuba
  • Sesp divulga foto do suspeito Paulo

Os 200 policiais civis e militares do Paraná e Santa Catarina mantiveram o cerco ao bandido, que é suspeito da morte do delegado José Antônio Zuba de Oliva, de 47 anos, durante esta sexta-feira (27). Os policiais estenderam as buscas até o município de São Bento do Sul (SC), distante cerca de 60 quilômetros de Pirabeiraba, distrito de Joinville (SC), onde os trabalhos se concentraram até então.

A região entre as cidades é composta basicamente por mata fechada. Mas os moradores que vivem próximos aos locais onde estão sendo feitas as buscas são orientados pelo policiais para evitarem sair de casa. Os agentes já receberam algumas denúncias sobre a localização do bandido, mas nenhuma delas se confirmou.

Para auxiliar as buscas na região, um grupo da Polícia Federal de Santa Catarina cedeu aparelhos de visão termal, que detectam os níveis de calor no ambiente. "Com isso, é mais fácil localizar uma pessoa em meio às folhagens", explica o delegado Rodrigo Brown de Oliveira, delegado-adjunto do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e responsável pelas investigações.

Por uma questão de segurança, durante a madrugada, as buscas na mata por Paulo "Tutancamon", como foi identificado, foram interrompidas, mas a ronda ostensiva na região não parou. Os policiais mantiveram as barreiras de fiscalização na área e todos os veículos que passavam pelo local eram revistados. Por volta das 9 horas desta sexta, as buscas prosseguiam, mas o criminoso ainda não havia sido localizado. "Não recebemos nenhuma denúncia sobre o suspeito, mas a nossa expectativa é de encontrá-lo ainda hoje", diz Oliveira.

Refém continua no hospital

A mulher que foi baleada enquanto era feita refém, Cordula Graper Piske, de 62 anos, permanecia internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital São José, em Joinville, no final da tarde desta sexta-feira. Seu estado de saúde é considerado grave, mas o quadro se mantém estável - um bom indicativo pelos médicos.

Cordula e sua mãe, Ermelina Graper, de 89 anos, foram feitas reféns quando os três bandidos invadiram sua casa. As duas foram levadas quando o trio roubou o carro da família, mas Ermelina foi deixada na estrada. Cordula seguiu com os homens e acabou sendo atingida por três tiros: um atingiu uma área próxima ao coração e os outros dois na perna e braço. Ela passou por uma cirurgia de cerca de 5 horas de duração para retirar a bala que ficou alojada em seu peito.

FugitivosOs foragidos foram identificados como Felipe "Tex", Paulo "Gauchinho" e Paulo "Tutancamon". Felipe "Tex" e Paulo "Gauchinho" foram mortos no confronto com a polícia na quinta-feira (26).

Segundo o delegado Hamilton da Paz, da Cope, o grupo pertencente a uma facção criminosa da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, e estava no Paraná para cometer assaltos a mansões em Curitiba. Foi apurado que o grupo teria alugado uma casa no balneário de Shangri-lá, em Pontal do Paraná, mas por estarem causando suspeita entre os moradores resolveram mudar-se para o camping

Tiroteio

Segundo a polícia, a perseguição começou logo cedo, quando "Tex", "Tutancamon" e "Gau­chinho" estavam em uma lanchonete na praia de Coroados, em Guaratuba, tomando café. Se­­gundo o tenente Sheldon Vor­tolin, da Polícia Rodoviária Esta­dual (PRE), um policial do posto de Coroados recebeu a denúncia de que haveria homens suspeitos em um estabelecimento comercial e foi averiguar.

Ao encostar a viatura, teria sido recebido a tiros. O policial conseguiu sair do carro e esconder-se atrás de árvores. No confronto, ele teria atingido um dos criminosos. "Ele ouviu do bandido de que se matasse o seu amigo, ele voltaria para matá-lo", diz Vortolin.

O trio então roubou o carro policial e fugiu em direção a Santa Catarina. O policial fez o alerta da fuga e policiais catarinenses montaram uma barreira. Depois de percorrer 30 quilômetros, o grupo entrou na Estrada do Oeste, em Joinville, e abandonou a viatura. Em seguida, invadiu duas casas, fazendo Cordula Piske e a mãe dela de refém. Eles fugiram no carro da família. Cordula foi solta em seguida.

Um helicóptero da polícia localizou o carro e teve início um forte tiroteio. "Tex" e "Gau­chi­nho", identificado como Paulo Aparecido Alves de Abreu, foram mortos ao lado da estrada. "Tutancamon" se embrenhou na mata. No rastro dele, policiais encontraram uma mochila com várias armas, além do armamento roubado da investigadora Noeli de Fátima Avine e do delegado Zuba. Segundo a polícia, "Tutan­camon" está com um fuzil de procedência israelense. Os corpos dos dois foragidos foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal de Joinville.

Crime

O delegado Zuba e Adilson da Silva foram mortos durante uma abordagem policial em um camping de Pontal do Paraná, no balneário Carmery, na última terça-feira. O delegado, Silva e duas investigadoras verificavam uma denúncia de que homens armados estariam acampados. Ao chegarem no local, foram recebidos a tiros de metralhadora e pistola. Zuba morreu na hora. Baleado, Silva chegou a ser encaminhado ao Hospital Regional de Para­naguá, mas faleceu em seguida. As investigadoras Noeli e Luiza Helena Santos foram rendidas, mas tiveram as vidas poupadas e foram soltas após a fuga dos criminosos.

Serviço:

Quem tiver informações sobre o paradeiro do suspeito pode entrar em contato com a Delegacia de Paranaguá, pelo fone (41) 3420-3666; o Cope, pelo (41) 3284-6562 ou 3284-6536 ou o 190, número de emergência da Polícia Militar do Paraná, e o (47) 190, da PM de Santa Catarina.

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