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Familiares de Rachel protestam junto de movimentos feministas por paz e justiça

Cerca de cem manifestantes foram até a região central de Curitiba no final da tarde desta terça-feira (25) para pedir paz e justiça. O protesto foi organizado por movimentos feministas em razão do Dia Internacional de não-violência contra a Mulher, celebrado nesta data, e teve a adesão de familiares da menina de nove anos Rachel Genofre, morta no início deste mês.

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A polícia trabalha com um novo retrato falado do suspeito de matar Rachel Genofre, a garota de nove anos encontrada morta na Rodoferroviária de Curitiba no início deste mês. O desenho, porém, não será divulgado para "não criar expectativa" e "não ajudar na defesa do acusado", segundo um policial que investiga o caso. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná, pasta responsável pela Polícia Civil, proibiu os policiais de se pronunciar sobre o caso. Oficialmente, nenhuma das cinco delegacias envolvidas na investigação comentam o assunto.

A Gazeta do Povo pôde ver o novo retrato falado, que é parecido com o primeiro divulgado pela polícia, porém com mais marcas de expressão e detalhes. Uma fonte afirma que existe a hipótese do autor do crime ser outro, absolutamente diferente de quem está retratado. "Se divulgarmos o retrato e concluirmos que o culpado é outro, na Justiça ele pode apontar para o desenho e dizer que não é ele", comenta uma pessoa vinculada ao Poder Executivo do Paraná. De qualquer forma, a imagem é mostrada para pessoas que conheciam Rachel em busca de pistas.

Existem "vários" suspeitos, mas uma "linha de investigação está evoluindo bem", na avaliação de um experiente membro da equipe de investigação. Segundo esse policial, todas as denúncias recebidas pela polícia são verificadas. Somente algumas são aprofundadas. A polícia chegou a receber dez denúncias por dia até duas semanas depois do início das investigações. Atualmente, o número de chamadas diminuiu.

A Polícia Civil pretende apontar o responsável pelo crime apenas depois do exame de DNA dar positivo. A intenção é evitar um alarde como o do ex-suspeito preso em Santa Catarina, que chegou a ser apontado como o autor do crime, mas que o exame de DNA isentou na participação do crime.

Laudo do local de morte

O Instituto de Criminalística concluiu na segunda-feira (24) o laudo do local do crime, que traz uma descrição técnica de como estava o local na hora em que o corpo foi encontrado. O documento deve ser encaminhado para a polícia na quarta-feira (26).

No entanto, o estudo não deve apontar nada de novo, segundo a avaliação de um delegado. A serventia da análise será para incrementar a argumentação e as evidências do inquérito policial.

Crime

Rachel estava desaparecida desde as 17h30 do dia 3 de novembro, quando saiu do Instituto de Educação, onde estudava. A menina ia e voltava diariamente sozinha do bairro Guaíra, onde morava, até a escola, no Centro, de ônibus. O desaparecimento já estava sendo investigado desde essa data pelo Serviço de Investigação de Criança Desaparecida (Sicride).

A mala com o corpo de Rachel foi encontrada embaixo de uma das escadas do setor de transporte estadual da rodoferroviária por uma família indígena, que estava morando no local havia duas semanas. O corpo estava inteiro, ainda com o uniforme do colégio e apresentava sinais de estrangulamento. Os médicos do IML confirmaram preliminarmente que a menina havia sofrido violência sexual.

O corpo de Rachel foi enterrado por volta das 10h30 do dia 6 deste mês no Cemitério do Santa Cândida. O sepultamento aconteceu debaixo de muita chuva, acompanhado por mais de cem pessoas, entre amigos, colegas de escola e familiares.

Serviço: Quem tiver informações que possam ajudar nas investigações sobre o assassinato de Rachel pode entrar em contato com a Delegacia de Homicídios pelos telefones 3363-0121 e 3363-1518. A identidade do informante será mantida em sigilo.

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