Durante o tempo em que viveu em Paris, o italiano Cesare Battisti, acusado de quatro mortes em seu país, mergulhou na literatura e chegou a se tornar um autor de romances policiais.

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Acusado de terrorismo na Itália, o ex-integrante da organização de esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) frequentou programas de rádio e de televisão na capital francesa para divulgar sua obra literária.

Em seus livros, Battisti, de 54 anos, frequentemente faz menção à luta armada, da qual participou durante a década de 70. De acordo com a crítica internacional, o italiano abusa do tom confessional em sua obra, muitas vezes colocando-se como uma espécie de Robin Hood que atuava na defesa dos pobres contra os "malvados" representantes do capitalismo moderno.

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Battisti começou a flertar com a literatura quando estava na França, onde viveu a maior parte do tempo depois de ser condenado pela Justiça italiana. Em Paris, ele se aproximou da esquerda, ficando amigo de intelectuais, professores universitários e escritores, que o incentivaram em sua obra e o apresentaram a editores. Antes disso, já havia editado revistas sobre literatura no México, por onde passou antes de ir para a França.