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A Polícia Federal (PF) ouviu ontem, em Paranaguá, no litoral do estado, o casal Cezar Renato Tozetto e Doris Correa Tozetto. O depoimento, sobre a participação deles no esquema de extração e venda ilegal de palmito no litoral paranaense durou quase três horas. Boa parte do depoimento foi dedicada a apurar a relação empregatícia do casal com a Assembleia Le­­­gislativa do Paraná.

Os dois eram servidores do Legislativo – ela empregada em cargo de comissão na presidência e ele no gabinete do deputado Nelson Justus (DEM), o presidente da Casa. Após serem soltos por um habeas corpus, na quarta-feira, os dois pediram a exoneração de seus cargos na Assembleia. O pedido foi aceito por Justus.

Segredo de Justiça

Como o inquérito da PF tramita sob segredo de Justiça, o delegado que preside a investigação, Michel Assis, disse por telefone à reportagem que não poderia repassar qualquer informação sobre o depoimento e o desenrolar da operação.

O advogado que representa o casal, Eduardo Duarte Ferreira, disse que não acompanhou o depoimento e não soube informar o que eles disseram. A reportagem tentou ouvir Cezar e Doris Tozzetto para comentar o assunto. Mas não conseguiu localizá-los.

Os dois foram presos no último dia 17, juntamente com outras 16 pessoas, du­­rante a Operação Juçara da Polícia Federal. Eles são acusados de integrar uma quadrilha especializada na extração ilegal de palmito-juçara no litoral do Para­­­ná. Ontem, além dos Tozzeto, outras pessoas envolvidas no caso foram ouvidas pela PF.

Negativas

O presidente da Assembleia, Nelson Justus, negou nesta semana que os Tozzeto fossem funcionários fantasmas, já que os dois desempenhavam uma atividade paralela. Segundo o deputado, os dois trabalhavam para ele como agentes políticos em Guaratuba. Justus ainda ne­­­gou que a atividade ilícita do casal tenha qualquer relação com ele e com a Assembleia.

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