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Cerca de mil pessoas acompanharam ontem o enterro do prefeito Adel Kutz, em Assungui, área rural de Rio Branco do Sul | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Cerca de mil pessoas acompanharam ontem o enterro do prefeito Adel Kutz, em Assungui, área rural de Rio Branco do Sul| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

O prefeito de Rio Branco do Sul as­­­­­­­­sassinado na segunda-feira à noite, Adel Rutz, sofria constantes amea­­­ças e, cerca de 10 dias antes de morrer, teria sido vítima de um atentado, na estrada de acesso à comunidade de Assungui, onde ele morava, na área rural do município. A informação foi dada ontem à Po­­lícia Civil pelo deputado estadual Kleiton Kielse (PMDB), amigo e aliado de Rutz. Após o enterro de Rutz. Kielse procurou a polícia para falar sobre o caso.

Em entrevista à Gazeta do Povo, Kielse disse que Rutz lhe contou que havia escapado de um atentado quando ia para casa pela estrada de chão em direção a As­­­­sun­­­­gui. Segundo o relato do deputado, um carro teria se aproximado e um homem dentro do veículo atirou contra a caminhonete usada pelo prefeito. Rutz conseguiu fugir e despistar o atirador. O deputado afirmou ainda que o prefeito não comentou o caso com familiares para não precupá-los.

Embora não descarte a possibilidade de o crime ter tido outra motivação, Kielse afirmou que o prefeito sofria ameaças devido a sua gestão. "Quantas vezes ele pensou em renunciar pelas ameaças, pela pressão que ele sofria de pessoas que queriam acabar com a prefeitura", falou o deputado, num emocionado discurso pouco antes do enterro do prefeito, realizado ontem pela manhã no Cemitério São Vicente, em Assungui.

À reportagem, o deputado reveafirmou que ele próprio recebeu uma ligação anônima no ano passado pelo apoio que dava ao prefeito. "Eles disseram que eu não deveria mexer no que estava acertado da administração passada."

O prefeito assumiu a administração de Rio Branco em 2009, com muitas dívidas a pagar – principalmente com os funcionários. Kielse disse que ele conseguiu regularizar as contas no mês passado. Para pôr ordem na prefeitura, disse o deputado, Rutz teria cancelado pelo menos 10 contratos com empresas fornecedoras, por indícios de superfaturamento.

O delegado Hamilton da Paz, da Delegacia de Homicídios, que comanda a investigação sobre o caso, não quis comentar as declarações do deputado.

Ontem, houve rumores sobre prisões de suspeitos do assassinato, mas a Secretaria Estadual da Segu­­­rança não confirmou a informação. Vários depoimentos de testemunhas já estão sendo colhidos. A ex-mulher do prefeito, Josiane Rutz, que tinha se separado dele havia 15 dias, depôs na delegacia de Rio Branco.

Enterro

O corpo do prefeito Adel Rutz foi se­­­­pultado ontem no cemitério São Vicente, na comunidade rural do Assungui, em uma cerimônia de muita emoção. Cerca de mil pessoas acompanharam o velório na casa da família e uma longa fila de carros seguiu o cortejo puxado por um caminhão da Defesa Civil até o cemitério.

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