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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de encontro que reuniu o agronegócio nacional em Brasília.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de encontro que reuniu o agronegócio nacional em Brasília.| Foto: Clauber Cleber Caetano

Nesta quarta houve um encontro gigantesco do meio rural no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. O presidente esteve lá e pudemos ver a vibração dos sindicatos rurais do país. O Brasil está vocacionado para ser o grande produtor de alimentos do mundo – já está sendo, mas será mais ainda, produzindo talvez o dobro, o triplo. Eses assuntos foram discutidos, eu mediei um debate com a participação dos ministros da Agricultura e do Meio Ambiente, que agora estão juntos, porque antigamente meio ambiente e agricultura se digladiavam, vocês lembram que a Marina Silva caiu fora do governo Lula por causa disso.

O presidente Bolsonaro foi aclamado e deixou muita gente mais tranquila porque trouxe sua posição em relação ao marco temporal, aquela discussão sobre o momento em que passa a valer o que está no artigo 231 da Constituição. Eu digo que vai valer para o dia 5 de outubro de 1988, porque a Constituição diz que pertencem aos índios as terras que eles tradicionalmente ocupam – é presente do indicativo, é naquele dia, não é “vierem a ocupar” ou “tiverem ocupado”. Se fosse “tiverem ocupado”, os tamoios vão querer o Rio de Janeiro de volta, por exemplo.

No encontro se tratou de muita coisa importantíssima para o agro, essa nossa vocação. Como o ministro Paulo Guedes já comentou, nós temos a vocação para alimentar o mundo, com potencial para produzir muito mais. Temos a vocação para ser a grande potência verde do mundo, porque dois terços deste país estão coberto de verde. A vocação de ser potência energética, porque podemos ter 50 Itaipus no Nordeste; temos energia eólica, da solar nem se fala, com toda essa superfície de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, e mais a capacidade de produzir o etanol. Já imaginaram, a energia baratíssima e sem impostos? O Brasil iria disparar! Digitalmente, estamos sendo a quarta potência do mundo. Muita gente vem aqui para o Brasil ver como conseguimos fazer o Pix, como conseguimos pagar imediatamente o auxílio emergencial, que nos ajudou a passar pela pandemia, e agora o Auxílio Brasil.

Como é bom poder decidir o próprio aumento de salário, não?

Mas, no outro lado disso tudo, vemos o Supremo se concedendo um aumento de 18%. Algum de vocês teve esse aumento recentemente? Até o pessoal da enfermagem teve agora um piso, mas o terrorismo midiático já está dizendo que vai haver demissões nos hospitais.

A corrupção vence mais uma, agora no TCU

É de entristecer quando vemos o que está acontecendo nessa luta entre a honestidade e a corrupção, a ética e a corrupção; ela chegou a ser ganha pela ética, mas agora a corrupção vem querendo voltar. O Tribunal de Contas da União disse que Deltan Dallagnol e Rodrigo Janot, ex-coordenador da Lava Jato no Ministério Público e ex-chefe do Ministério Público da União, têm de indenizar a União em R$ 2,8 milhões como se tivessem roubado esse dinheiro. Terão de devolver como muitos dos corruptos devolveram o que roubaram – e daqui a pouco vão cancelar a devolução, os ladrões serão indenizados. Já vimos o que aconteceu com Sergio Moro, como se ele tivesse feito alguma coisa de errado, quando na verdade suas sentenças foram confirmadas pelo tribunal revisor e na terceira instância, no Superior Tribunal de Justiça. E aí conseguiram reverter tudo no STF com decisões de recursos. É bom que a gente saiba disso, porque nós somos a origem do poder e não podemos receber esse tipo de mudanças passivamente. Não podemos fingir que não temos nada com isso; temos muito a ver com isso.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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