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Já estava mais do que na hora. Pouco mais de um ano de fechar (para uma reciclada geral em conceito e outras vertentes), o Restaurante Durski está sendo reaberto nesta quarta-feira (21).

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Referência na gastronomia curitibana na última década, tanta falta fez que houve até quem votasse em Junior Durski (chef e proprietário da casa) como melhor chef do ano, embora ele não estivesse cozinhando no período. Saudades dele e de sua comida, evidentemente.

Pois agora a casa está novamente aberta, funcionando a pleno vapor de quarta a domingo, com a proposta de oferecer o melhor da alta gastronomia internacional e ucraniana, com destaque para a culinária eslava.

Na semana passada, quando apresentou o cardápio Fit do Madero, que fica ao lado – unido internamente por um corredor que passa pela premiada adega -, Durski me levou para conhecer as novas instalações da casa, que fazia os últimos testes de cozinha, com alguns convidados da família. O salão mudou muito pouco, no toque da arquiteta Kethlen Ribas Durski, esposa de Junior. Por cima está igual, mas houve troca do carpete por um piso de madeira e as cadeiras agora são do estilo Luis XV. Os lavabos estão maiores, as toalhas são de linho egípcio branco com talheres de prata Christofle.

Ah, sim. Os talheres e guardanapos personalizados, que sempre foram marca de boas-vindas do restaurante aos clientes preferenciais, continuam. Tem agrado melhor do que chegar à mesa e ter seu nome gravado nessas peças?

Houve investimento das duas adegas e foi construída uma terceira, numa peça de trás, permitindo o melhor armazenamento das garrafas de vinhos, algumas raríssimas e muito concorridas entre os apreciadores. A carta de vinhos – premiada algumas vezes como a melhor do Brasil por publicações especializadas – tem atualmente cerca de 2.300 rótulos, 70 safras diferentes de 24 países, sendo a mais antiga de 1780, e uma das maiores coleções do famoso Château D´Yquem – melhor vinho de sobremesa do mundo. Para orientar os clientes, o restaurante tem agora em sua equipe o sommelier italiano Enrico Didier, com mais de 15 anos de experiência internacional no ramo.

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Na cozinha a reforma permite maior acesso de garçons e outros serviçais (ou visitantes), sem que se penetre mesmo na intimidade dos cozinheiros, separados do restante do ambiente por um balcão em formato de U. Isso sem contar os equipamentos, todos novos e modernos, de acordo com as mais recentes e avançadas técnicas no segmento.

Na lida, Mônica Durski, a irmã, que está com ele desde sempre, dividindo a criação e garantindo a qualidade da comida no dia a dia, enquanto o restaurateur não para, viajando de Madero em Madero por todos os lados. Com ela, Nelcelia, Jôse e Lúcia, formando a equipe coesa há mais de dez anos.

O cardápio

O tradicional cardápio do Durski tem entradas, sopas, saladas, massas, risotos, pescados e carnes. O maior destaque entre as entradas é o Foie gras de canard com maçãs com molho de baunilha, um assinatura da casa (R$ 110). E, no sotaque eslavo, o Pierogi com molho de carne e linguiça defumada (R$ 70), cuja receita o chef apresentou recentemente na revista do Bom Gourmet que tratou dos pratos típicos paranaenses. O menu ainda apresenta, entre outras opções, o Tagliarini com camarões e rúcula (R$ 80), o Risoto de açafrão com ossobuco alla milanese (R$ 80), Camarões à Provence ou o Tournedo Rossini com legumes assados. As sobremesas são criações da chef pâtissier Laysa Durski (formada na Cordon Bleu), que está em Miami, onde vai dirigir o Restaurante Madero local, a ser inaugurado nos próximos dias.

Mas a grande estrela da casa, principalmente para os turistas (com citação de destaque na Revista Quatro Rodas), é o Banquete eslavo (R$ 110 por pessoa). Chegou a sair do cardápio com a internacionalização do restaurante e as leituras da cozinha contemporânea. Mas tantos foram os pedidos, tantas foram as cobranças que a guinada se deu novamente em 2013, quando o “banquete” voltou a ser servido (escrevi na ocasião sobre isso). Tem Salada russa, Galantyna (galantina em polonês) de leitão, Platzki (mini panquecas de batatas), Sopa borstch (sopa de beterraba), Pierogi, Frango à Kiev, Holopti (charutinhos de repolho com costelinha defumada), Leitão assado no forno e, de sobremesa, o Kutiá (trigo sarraceno cozido com frutas secas e mel).

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Tudo como era antes, com os mesmos sabores que haviam deixado saudades e desejos.

Restaurante Durski

Avenida Jaime Reis, 254 – São Francisco

Fone: (41) 8855-5383

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