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Torre de testes de elevadores da Atlas Schindler em Londrina deve começar a operar em 2024.
Torre de testes de elevadores da Atlas Schindler em Londrina deve começar a operar em 2024.| Foto: Divulgação Atlas Schindler

A fabricante de elevadores Atlas Schindler vai investir R$ 100 milhões na construção de uma torre de testes e de um centro de pesquisa e desenvolvimento em Londrina. A construção começa no segundo semestre desse ano. A nova estrutura será instalada na fábrica da marca no Norte do Paraná para atender toda a América Latina. Será a segunda maior das seis bases de testes da marca no mundo, perdendo apenas para o centro da China.

A previsão é de que em 2024 toda a estrutura de testes e pesquisa de São Paulo seja transferida para a fábrica da marca no Brasil, que atua há 24 anos em Londrina. O novo centro de pesquisa e desenvolvimento terá capacidade de gerar 250 postos de trabalhos diretos quando entrar em operação.

No Paraná, o novo centro terá 10 mil metros quadrados, contando a torre de 150 metros de altura e laboratórios. Serão 17 poços para testagens simultâneas de elevadores. A torre atual no bairro paulistano de Interlagos tem metade da altura da estrutura que será erguida em Londrina. Em operação há 50 anos, a estrutura em São Paulo tem apenas quatro poços de testes, ocupando 3 mil metros quadrado.

Além de resolver a limitação de espaço para testagem em São Paulo, o centro em Londrina permitirá à Atlas Schindler expandir o desenvolvimento de novas tecnologias para atender não só o mercado brasileiro, mas também de países vizinhos. “Na nova estrutura em Londrina serão testados elevadores cada vez mais rápidos e seguros, atendendo a demanda de edifícios cada vez mais altos e conectados com seus usuários”, explica o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Atlas Schindler para as Américas, Patrick Gastaldin.

O centro de Londrina terá capacidade de testar elevadores rápidos, com velocidade de até 10 metros por segundo. Os elevadores a serem testados em Londrina serão capazes de atender edifícios de até 150 andares, na tendência de prédios muito altos, a exemplo de edificações em São Paulo e Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Como comparação, o maior prédio do mundo, o Burj Khalifa, em Dubai (Emirados Árabes) tem 160 pavimentos, enquanto que o mais alto do Brasil, a One Tower, em Balneário Camboriú tem 77 andares.  “Os poços terão 120 metros de altura, que é um percurso suficiente para testar elevadores desse porte”, explica Gastaldin.

Entre as tecnologias que serão avaliadas na nova central, o diretor da Atlas Schindler cita a conectividade dos elevadores e novos dispositivos de seguranças. “Hoje conseguimos monitorar à distância as condições do elevador pela conectividade. Dessa forma, podemos detectar necessidade de manutenção antes mesmo de o cliente nos acionar, podendo avisá-lo com antecedência”, aponta.

Na questão segurança, a estrutura vai permitir novos testes de portas, por exemplo. O centro vai permitir simulações de abertura das portas em casos extremos, como na ocorrência de um incêndio, além de testagem de elevadores para edifícios cada vez mais altos. “Também estamos desenvolvendo portas e outros equipamentos que precisam de menos manutenção”, complementa Gastaldin.

Líder mundial no transporte vertical, atendendo cerca de 1,5 bilhão de pessoas por dia, o grupo suíço Schindler tem 69 mil funcionários espalhados em 11 fábricas em oito países. São seis centros de pesquisa e desenvolvimento no mundo. O centro que será transferido de São Paulo para Londrina atende não só o Brasil, mas todos os países da América Latina. A sede do grupo no país vai continuar em São Paulo.

Capacitação da mão de obra

A expansão com o novo centro de pesquisa e desenvolvimento também vai melhorar a capacitação de engenheiros e técnicos. Em fevereiro, a Atlas Schindler lançou um novo programa com dez vagas de trainees para estudantes de engenharia da região. Participam do trainee alunos da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), entre outras. E o plano é formalizar novas parcerias com as universidades.

“Esse programa de trainee já faz parte da estratégia da transferência do centro de pesquisa para Londrina. Queremos contribuir na formação de engenheiros de nível de atuação mundial  com as nossas tecnologias”, justifica Gastaldin.

O centro também servirá para capacitação dos técnicos que atuam na manutenção de elevadores da marca. “Nosso objetivo é atender todos nossos clientes: as construtoras, os síndicos e administradores de condomínios e os técnicos de serviços. Para cada um deles o novo centro trará novas soluções”, conclui.

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