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Gladis Tridapalli pôde manter o cardápio vegetariano durante a gestação | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Gladis Tridapalli pôde manter o cardápio vegetariano durante a gestação| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Confira as principais dúvidas dessas futuras mamães de primeira viagem e o esclarecimento dos especialistas

Comer e Beber

Cuidar

Sentir

Medicar

Usar

Relaxar

Dirigir e Voar

Preparar

Examinar

Exercitar

Amar

A espera, para a maioria delas, dura nove meses. São mais de 250 dias pensando se o bebê será a carinha do pai ou da mãe, se terá todos os dedos dos pés e das mãos, se o temperamento será forte ou se será mais calminho. A ansiedade só termina quando chega o grande dia. Antes disso, um turbilhão de perguntas acompanha a gestação, principalmente daquelas que estão passando por essa experiência pela primeira vez. O que comer, o que beber, o que tomar para dor de cabeça, se pode dirigir durante toda gestação, quais exercícios fazer e que produtos utilizar. Essas e outras tantas perguntas apareceram – e continuam aparecendo – na vida da designer Cristiane Maruo, 31 anos, grávida de 34 semanas do Gabriel; da auxiliar odontológica Natália Basilio Marçal, 27 anos, grávida de 8 semanas; da professora de Educação Física Fabrícia Schnekenberg, 29 anos, grávida de 32 semanas da Mariana; da bailarina Gladis Tridapalli, 35 anos, grávida de 19 se­­manas; da redatora Priscila Seixas, 29 anos, grávida de 17 semanas; da designer de produto Patricia Bonat, 30 anos, grávida de 30 semanas da Nina; da analista de sistemas Geisa Guimarães, 30 anos, grávida de 21 se­­manas da Lara e de tantas outras mamães de primeira viagem. Mui­­tas vezes elas acabam recorrendo à sabedoria popular para obter respostas. Os especialistas entrevistados alertam que, antes de tomar qualquer atitude, haja a consulta e o respaldo do médico de confiança.

E o pai?

Como ele pode entender e ajudar a mulher durante a gestação?

É fundamental que o homem compreenda que a mulher, durante a gestação, passa por diversas modificações físicas e psicológicas. Segundo a psicóloga e doula Luciana Lima, no início a mãe se identifica com o bebê que carrega, se infantiliza para que essa identificação se complete – por isso ela fica mais emotiva e frágil. No segundo trimestre de gestação, a futura mãe tem sentimentos ambivalentes, de felicidade e de angústia, de medo de não atender às expectativas do bebê e de todos à volta. Nas últimas quatro semanas, geralmente a mãe se fortifica, realizando atividades que antes eram muito difíceis, como limpar a casa, por exemplo. Isso significa que ela está preparando o ninho para o filho.

Assim como a mãe, o pai também passa pelo período de amadurecimento, que é diferente para cada um. Alguns pais vivenciam a gestação da mulher como se fosse deles, enjoando e se isolando. Outros terão uma postura de provedor, afastando-se da casa para trabalhar mais e providenciar uma vida mais confortável à mulher e ao filho. "Isso vai depender do modelo de família de cada um. Cada pai e cada mãe deve vivenciar o nascimento do filho de acordo com os seus valores, à sua maneira", explica Luciana. "Conversar com outros futuros pais pode ajudar."Após o nascimento, normalmente a mãe irá oferecer toda sua atenção ao filho. Nesse momento, de acordo com Luciana, o pai deve entender essa necessidade – tanto da mãe quanto do bebê – e apoiar a mulher. "É muito importante que o pai participe, dê banho e troque fralda. Mas ele deve perceber que seu papel principal naquele momento é cuidar da mãe", revela. "Isso significa atender ao telefone, fazer as compras do supermercado, tratar das contas da casa. Essas atitudes darão descanso para a mãe."

Para Luciana, o mais importante é o pai entender que as oscilações de temperamento da gestação não duram para sempre, e que elas são apenas uma preparação para que a mulher desempenhe seu papel de mãe.

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Quer saber mais?

Na próxima quarta-feira, dia 12 de maio, o obstetra Leo Leone Júnior irá responder questões dos internautas sobre gravidez. Entre no site www.gazetadopovo.com.br/saude e participe do chat, que acontece às 15h30.

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Fontes: Luciana Lima, psicóloga; Leo Francisco Leone Junior, ginecologista, obstetra, mastologista e presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Paraná; Celeste Demeterco Reggiani, professora de obstetrícia da Universidade Federal do Paraná; Dênis José Nascimento, professor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da UFPR e presidente da Comissão Nacional de Gestação de Alto Risco da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); Carlos Miner Navarro, ginecologista e obstetra, professor de Obstetrícia da UFPR.

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