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Memória

Estresse não matou Jackson, diz pai

Segunda autópsia e depoimento do médico dão prosseguimento à busca de uma explicação para a morte do astro

Jackson (Munique, 1999): corpo do cantor pode ser enterrado em Neverland | Michael Kappeler/Reuters
Jackson (Munique, 1999): corpo do cantor pode ser enterrado em Neverland (Foto: Michael Kappeler/Reuters)

Los Angeles - O pai de Michael Jackson disse não acreditar que o estresse por causa da intensa série de show que o filho realizaria a partir de julho em Londres, marcando a retomada de sua carreira, tenha o levado à morte. Joe Jackson também afirmou, em entrevista concedida ontem, estar certo de que o cantor será maior depois de morto do que era em vida.

O patriarca dos Jackson 5 gostaria que Michael Jackson pudesse ver as demonstrações de afeto desencadeadas após sua morte, na tarde de quinta-feira. "Michael foi o maior superstar do mundo e na história", disse ao programa Geraldo at Large, da Fox News. "Ele era amado por todos, independentemente de serem ricos ou pobres."

Suspeitas

A investigação sobre a causa da sua morte, aos 50 anos, prossegue. No sábado, o cardiologista que estava com Jackson em seus últimos momentos foi submetido a um interrogatório de três horas. Sua representante disse que a polícia não o considera suspeito da morte do cantor. O médico Conrad Murray "ajudou a identificar as circunstâncias sobre a morte do astro do pop e esclareceu algumas inconsistências", disse a porta-voz Miranda Sevcik. Segundo ela, o médico é considerado uma "testemunha da tragédia". A polícia confirmou que interrogou Murray e que ele cooperou muito.

Ontem, o advogado de Murray, Edward Chernoff, declarou ao Los Angeles Times que o médico particular de Michael Jackson não deu nenhum analgésico ao cantor antes de sua morte. As informações segundo as quais o profissional teria injetado no paciente um poderoso analgésico pouco antes de sua morte são "totalmente falsas", garantiu Chernoff. "Não houve Demerol nem OxyContin", afirmou o advogado ao jornal, contrariando as informações divulgadas pelo site TMZ.com, primeiro a anunciar a morte de Jackson.

O advogado afirmou ainda que Michael Jackson já estava inconsciente quando o médico entrou "por acaso" no quarto do astro. O cantor "não respirava mais", prosseguiu Chertoff. Segundo ele, foi o próprio médico que sugeriu à família a realização de uma necropsia. "Ele não entendeu porque Michael Jackson morreu", disse.

Segunda autópsia

Também no sábado, um patologista contratado pela família de Michael Jackson completou a segunda autópsia no corpo do cantor, incluindo um teste toxicológico, segundo o jornal Los Angeles Times. Os primeiros exames haviam diso realizados no dia anterior pelo instituto médico legal da Califórnia.

O benefício imediato da nova autópsia é dar à família respostas sobre as causas da morte antes mesmo dos resultados da primeira necropsia – realizada por autoridades –, com a possibilidade de resultados mais detalhados.

Na casa do astro, teriam sido encontrados frascos de antidepressivos e ansiolíticos. Segundo Craig Harvey, porta-voz do Instituto Médico Legal de Los Angeles, os resultados dos exames toxicológicos adicionais feitos no corpo do cantor devem sair em seis semanas.

O jornal britânico The Times publicou ontem uma reveladora entrevista com Grace Rwaramba, que foi assistente e babá dos filhos do cantor por mais de dez anos. Ela conta que Michael não tinha noção de suas dívidas e teve de fazer várias lavagens estomacais no pop star por causa dos coquetéis de remédios que ele tomava.

Enterro

O corpo do cantor pode ser enterrado em Neverland, rancho de 2,7 mil acres em Santa Barbara, na Califórnia, onde Michael morou por 17 anos. De acordo com a revista Billboard, a família do pop star estaria discutindo sobre transformar a propriedade – que conta com uma mansão, um zoológico e um parque de diversão – em um museu como Graceland, dedicado a Elvis Presley, e cuja maior atração seria o mausoléu do cantor de "Thriller".

A proposta teria partido de Tohme Tohme, ex-agente de Jackson, que trabalha para a Colony Capital LLC, firma que assumiu em 2005 a hipoteca de Neverland devido às dívidas do astro. Colony e Tohme estariam aproveitando a delicada situação financeira pela qual Michael passava para convencer a família a maximizar o espólio do cantor.

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