Vacinacao infantil da Covid-19 em Curitiba.| Foto: Daniel Castellano / AEN
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A vacinação da Covid-19 em crianças está baixa e preocupa em Curitiba. Porém, a prefeitura confia que o quadro deva se reverter com o fim das férias escolares. Nessa terça-feira (8), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) concluiu a convocação de todas as crianças de 5 a 11 anos e quarta-feira (9) passa a fazer repescagem contínua desse público, conforme a quantidade de doses [leia mais abaixo].

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Até segunda-feira (7), menos da metade do público infantil convocado para aplicação da primeira dose compareceu às unidades de saúde da capital, apenas 43%. Do total de 154 mil crianças habilitadas até essa data, apenas 66,2 mil se vacinaram. Ou seja, 87,8 mil curitibinhas terão que se vacinar fora da data planejada, na repescagem.

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"Entendemos que janeiro é um mês atípico para as famílias, com férias escolares, muitas gente viajando ou mesmo com as crianças passando um período na casa de outros parentes. Por isso, confiamos que agora com a volta da rotina familiar a imunização infantil vá aumentar", avalia a superintendente de Gestão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Flávia Quadros.

A prefeitura também acredita que o grande número de infecções por Covid-19 das próprias crianças ou dos pais e responsáveis neste início do ano com a variante ômicron, mais transmissível, tenha atrapalhado a vacinação dos pequenos. "Se a pessoa se infectou com Covid-19 tem que aguardar 30 dias após estar curada para se vacinar", explica Flávia.

A superintendente de Gestão afirma que a vacinação das crianças deveria ter sido prioridade das famílias, mesmo que estivessem fora de suas rotinas neste início do ano. Porém, ela confia que, assim como foi a imunização adulta, o cenário vai se reverter. "Essa baixa adesão da vacina das crianças preocupa. Mas estamos confiando que esse retorno à rotina vai levar mais crianças aos postos de saúde agora que a repescagem infantil será aberta para todas as idades. Precisamos vacinar toda a população, inclusive as crianças", enfatiza Flávia.

O prefeito Rafael Greca não escondeu a frustração com a baixa procura da vacina sábado (5), quando a SMS disponibilizou 27 unidades de saúde e cerca de mil servidores municipais para aplicar a primeira dose nas crianças. "No sábado, dia 05/02, era para termos vacinado até 40 mil curitibinhas. Apareceram SÓ 14 mil! Vacina é vida, Covid é doença que criança alguma merece. Levem os pequeninos às unidades de vacinação!", apelou o prefeito em suas redes sociais.

Para vacinar todas as crianças de 5 a 11 anos que não compareceram aos postos de saúde na data de convocação, a prefeitura de Curitiba abre nessa quarta-feira a repescagem infantil. Nessa quarta-feira, a repescagem será para crianças nascidas nos anos de 2013 e 2014.

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Transmissão acelerada entre as crianças

Diretor técnico do Hospital Pequeno Príncipe (HPP) em Curitiba, o médico infectopediátrico Victor Horácio de Souza Costa Jr enfatiza que o cenário atual da Covid-19 entre as crianças é preocupante, o que reforça ainda mais a importância da imunização. "A recomendação é para que os pais levem as crianças para se vacinar o quanto antes. Não deixem para depois, porque estamos vivendo uma avalanche de casos pediátricos de Covid qua não vimos até aqui na pandemia", reforça o pediatra.

Maior hospital pediátrico do Brasil, o Pequeno Príncipe registrou nesta quarta-feira 808 crianças com Covid-19 desde o início de 2022. Ou seja, em pouco menos de um mês e meio, o número de infecções pediátricas registradas no HPP já equivale a 62% de todos os 1.300 casos atendidos no hospital ao longo de todo ano de 2021.