Estudantes chegam ao Centro Politécnico, um dos locais de prova da 1ª fase do vestibular da UFPR| Foto: Aniele Nascimento /Gazeta do Povo

Neste domingo (21), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) aplica as provas da 1ª fase do vestibular 2018/2019. Ao todo, a instituição oferece 5.421 vagas distribuídas em 122 opções de curso. Os exames começaram às 14h nos campus de Curitiba, Jandaia do Sul, Matinhos, Palotina e Toledo e seguem até às 19h. São 43 mil candidatos concorrendo às vagas.

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Na capital, as provas estão sendo realizadas no Centro Politécnico da UFPR e em prédios de outras universidades como PUCPR, Unicuritiba, Universidade Positivo e em algumas escolas como o colégio Paulo Lemisnki, no Tarumã. Neste ano, o local de provas mais movimentado é a PUCPR, onde a expectativa é receber 7.495 estudantes.

Tanto nas imediações da PUCPR quanto próximo ao Centro Politécnico o movimento de veículos era intenso, mas não chegou a atrapalhar a entrada dos estudantes que se deu até às 13h30.

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Contratempos

Durante a madrugada, uma pane que ocasionou o adiantamento de horário em alguns celulares gerou dúvidas entre os vestibulandos nas redes sociais da universidade. Os relógios de celulares das operadoras Tim, Vivo e Claro adiantaram uma hora, mudando automaticamente para o horário de verão que só começa em duas semanas.Em Curitiba, a confusão de horário também foi registrada nos painéis eletrônicos que informam a hora nos terminais de ônibus. O horário das provas, no entanto, não foi alterado.

Alguns estudantes acabaram por chegar adiantados nos locais de prova. Foi o caso do mecânico industrial Vitor Santana, 32, que veio de Pontal do Paraná, no Litoral, para Curitiba para fazer o vestibular pela primeira vez para o curso de Engenharia Civil. Vitor teve o relógio adiantado e chegou ao Centro Politécnico às 9h30 quando achava que era 10h30 e teve que driblar o nervosismo. “Já vim antes e estou sentado esperando por causa desse erro. Já fui no shopping e no mercado andar, porque voltar para casa não tem jeito (risos). Ficar parado e ver um monte de gente chegando aumenta a ansiedade”, desabafou.

Fechamento dos portões no Centro Politécnico não registrou ocorrência de estudantes atrasados.  

Apesar do contratempo de ter de esperar um tempo maior nos locais de prova, o corre- corre tradicional nos minutos que antecedem o fechamento dos portões, que este ano foi 13h30, não foi percebido e a reportagem encontrou apenas uma estudante atrasada que ficou para fora do Centro Politécnico.

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No sábado (20), os vestibulandos já tiveram de driblar uma questão. Alguns foram impactados com posts em perfil falso no twitter em nome da universidade informando o cancelamento da prova. A assessoria de imprensa da UFPR desmentiu a história e em seguida as postagens foram apagadas e o perfil foi excluído.

Prova

A primeira fase do vestibular consiste em 90 questões objetivas com conteúdo de ensino médio. Esta é a primeira vez que o exame contempla questões de sociologia e filosofia. O resultado da primeira fase será divulgado no dia 5 de novembro e as provas da 2ª fase estão marcadas para o dia 25 e 26 de novembro. Segundo o Edital do processo seletivo, o gabarito provisório será divulgado na na segunda-feira (22) no site do Núcleo de Concursos da UFPR.

Reitor Ricardo Marcelo Fonseca passa em algumas salas antes da prova no Centro Politécnico  

Após o fechamento dos portões e antes do início da prova o reitor da UFPR Ricardo Marcelo Fonseca passou em algumas salas do Centro Politécnico para desejar boa sorte aos estudantes.

Até o fim da tarde deste domingo (21) a instituição divulgará os números de faltantes e o gabarito deve ser liberado na manhã de segunda-feira (22).

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Novidades

Fonseca destacou que o alto número de inscritos, 43 mil, reflete a credibilidade da universidade e seu papel constante de renovação. Uma das grandes novidades em 2018 é a inclusão das matérias de Sociologia e Filosofia para todos os candidatos já na primeira fase. “Com 108 anos, a UFPR se renova a cada ano e sabemos que as universidades federais são as melhores do Brasil. Em um contexto de reforma do ensino médio, é importante que os alunos venham preparados com a Sociologia e a Filosofia, pois para nós isso também é essencial para a formação do cidadão”, afirmou em entrevista coletiva logo após o início das provas.

Outro destaque do reitor foi o papel da universidade e da educação junto à comunidade. “A universidade não é feita só de prédios mas de pessoas e afetos. Nós podemos sofrer momentos de crise mas somos uma rocha e a Universidade Federal do Paraná desperta luz, especialmente em momentos de trevas”, completou o reitor.

Vale lembrar que neste ano, 50% das vagas são destinadas para cotas de alunos que fizeram todo o Ensino Médio em escolas públicas. Além disso, há outras 2.001 vagas para os outros tipos de cotas: raciais e de pessoas com deficiência. As bancas para validação para pessoas que concorrem nas cotas raciais, indígenas e de pessoas com deficiência aconteceram entre os dias 24 de setembro e 11 de outubro. Foram registrados 848 faltantes.

Solidariedade

Grupo de veteranos do curso de Engenharia Mecânica e alunos da rede solidária da UFPR receberam os estudantes com cartazes de incentivo.

Grupo de estudantes de Engenharia Mecânica se encontrou no Centro Politécnico para incentivar os vestibulandos . Bruna Martins/<div class="credit-agency">Gazeta do Povo</div>  
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Ana Camilo, 19, é uma das veteranas do curso de Engenharia Mecânica e participa junto com os colegas de um grupo de boas-vindas aos calouros. Eles vendiam água e bombons para os estudantes com o objetivo de arrecadar fundos para a recepção aos calouros em 2019, além de conversarem com os vestibulandos para tentar quebrar a tensão pré prova. “Nós vendemos bombons com bilhetes motivacionais e água. Também convidamos o pessoal para se enturmar e queremos motivar quem está chegando”, conta.

Alunos que integram a rede solidária da UFPR levaram mensagens de incentivo. Bruna Martins/<div class="credit-agency">Gazeta do Povo</div>  

Ainda no Centro Politécnico alunos da rede solidária distribuiam canetas para os estudantes que eventualmente esqueceram o material em casa. O grupo entregava ainda água e chocolates gratuitamente. “A gente quis acalmar as pessoas neste momento de nervosismo, ajudando com pequenos gestos e com um abraço. Fizemos uma vaquinha e cada um doou um pouquinho para fazer esta ação”, explica Kevelin Rosa, 21, estudante de Comunicação Social.