Conheça alguns dos relógios históricos de Curitiba em um passeio de menos de uma hora (Foto: Amanda Milléo / Gazeta do Povo)| Foto: Amanda Milléo / Gazeta do Povo

Seja você um turista conhecendo pela primeira vez a capital dos paranaenses, seja um morador antigo da cidade, é possível que alguns pontos turísticos importantes tenham passado batido na última caminhada pelo centro de Curitiba.

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São eles os relógios históricos — alguns marcando as horas desde os anos 1800 —, que estão espalhados pelas ruas, avenidas e calçadões, como pequenos servidores do público, prontos a anunciar as horas.

Nem todos, claro, estão com os ponteiros ajustados e é importante revisar o horário em outro aparelho, só para ter certeza. Mas alguns são pontuais e, além do serviço, servem de ponto turístico, área de descanso ou mesmo ponto de referência para encontrar os amigos, a família ou os amores.

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E não se preocupe com o tempo! Em um passeio rápido, de menos de uma hora, é possível conhecer pelo menos sete desses relógios históricos. A Gazeta do Povo fez o percurso na manhã deste sábado (03) de frio e sol, confira:

Rua 24 horas

O nome da rua já indica a importância do tempo. Inaugurada em 1991 e revitalizada em 2011, a Rua 24 horas traz não um, mas dois relógios enormes, localizados em cada uma das entradas da travessa: na Rua Visconde de Nácar e na Rua Visconde do Rio Branco.

Quem quiser saber as horas, porém, deve buscar outros meios. Ambos os relógios estão errados — um deles, inclusive, sem um dos ponteiros. Mas o local oferece bem mais que o (não) anúncio do horário. Na rua há lojas de roupas, chocolates, perfumes e cosméticos, presentes, barbearia, ótica, além de restaurantes e cafés.

Na rua 24 horas, dois relógios marcam as duas entradas do local, que oferece restaurantes, lojas de roupas, presentes e ótica, além de outros serviços (Foto: Amanda Milléo / Gazeta do Povo)
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Praça General Osório

Ao atravessar a Rua Visconde de Nácar, quase em frente a Rua 24 horas, está a entrada da Praça General Osório. Mas, para conhecer o relógio, é preciso cruzá-la em toda a sua extensão.

Nesse caminho, o turista passará por três ruas escondidas, localizadas ao lado direito da praça: a Travessa Jesuíno Marcondes, Rua Senador Alencar Guimarães e a Rua Voluntários da Pátria. Ali estão alguns segredos bem guardados do comércio local, com lojas de marcas conhecidas, mas que oferecem valores bem abaixo dos preços praticados em shoppings centers e outros bairros.

Quem preferir peças mais artesanais, a Praça Gal. Osório também é conhecida pela feirinha, que surge no início de cada estação. A de inverno já acabou, mas logo vem a de primavera, nas primeiras semanas de setembro.

Ao voltar para a praça, logo na divisa com o início do calçadão da rua XV, está ele: o relógio imponente, marcando as horas corretamente.

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Confiável, o relógio da Praça Osório está localizado bem na divisa da praça com o início do calçadão da Rua XV de Novembro (Foto: Amanda Milléo / Gazeta do Povo)

Rua XV de Novembro

Exige-se muita atenção para quem quiser encontrar o relógio digital da Rua XV de Novembro. Não por que ele esteja escondido do público, bem pelo contrário, mas porque o calçadão acumula tantos atrativos, sons, imagens e cores que facilmente podem distrair o passante.

Muitos são os atrativos da Rua XV de Novembro, especialmente em um sábado de manhã (Foto: Amanda Milléo / Gazeta do Povo)

Para não errar: o relógio está bem próximo da esquina com a Alameda Dr. Muricy, localizado no lado esquerdo para quem caminha da Praça Osório. Antes de chegar ao relógio, o turista pode se perder entre as dezenas de artistas de rua, pintores, cantores, e o Palácio Avenida, que todos os anos promove o coral de Natal.

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Agora, se a ideia é se informar pelo relógio digital, cuidado. Além de estar com os números bastante apagados, ele indica o horário de verão, e não o horário de Brasília, em pleno inverno. Os minutos, porém, estão certos, bastando que o turista reduza uma hora.

Além dos números apagados, o turista precisa reduzir uma hora do relógio digital da Rua XV de Novembro (Foto: Amanda Milléo / Gazeta do Povo)

Relógio de sol

Quem passar pela Praça Tiradentes e não encontrar o relógio de sol, não deve se preocupar. É difícil mesmo. O relógio, que está localizado em um prédio onde era, antigamente, a farmácia Stellfeld, não tem qualquer sinalização. Só uma pessoa atenta, ou curiosa a ponto de perguntar a outros transeuntes se eles conhecem o tal objeto histórico, conseguiria enxergá-lo.

Para que você não passe pela mesma dificuldade: o prédio onde está o relógio fica localizado em frente a Praça Tiradentes, logo acima das lojas Casa China, Pé de Moleque e uma loja de roupas e calçados. Se estiver olhando para a Dois Corações ou a Farmácia Nissei, você passou do ponto certo.

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Relógio do Sol da praça Tiradentes: difícil de encontrar, mas que gera curiosidade dos transeuntes (Foto: Amanda Milléo / Gazeta do Povo)

Inaugurado em 1857, o relógio de sol é bastante confiável. Talvez não os minutos, mas as horas, sim. Agora, quem busca um horário correto, basta olhar para o outro lado da praça, para os dois relógios da catedral de Curitiba.

O relógio de sol, criado em 1857, oferece a hora correta para os turistas (Foto: Amanda Milléo / Gazeta do Povo)

Catedral

Marcando pontualmente 11h40, tal qual o meu relógio de pulso e o celular, estão os dois relógios da catedral de Curitiba. Um de cada lado, os relógios não são a única atração do prédio. Quem olha um pouco acima, vê que há também dois anjos que "olham" as pessoas lá do alto. Conheça a histórias deles.

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Dois relógios marcam pontualmente o horário no centro da capital paranaense e estão localizados na catedral (Foto: Amanda Milléo / Gazeta do Povo)

Para quem estiver a passeio, é ali na Praça Tiradentes o ponto de saída do ônibus de turismo. Quem quiser conhecer o trajeto e histórias de quem já percorreu a linha, veja aqui.

Relógio do Paço e Raeder

Praticamente em uma mesma quadra estão localizados cinco relógios históricos de Curitiba: começando pelo relógio do sol e os dois da catedral na Praça Tiradentes, o grande relógio no Paço municipal e o relógio Raeder, escondido no começo da Rua Riachuelo.

O grande relógio, acima do prédio, marca pontualmente 11h45 — praticamente uma hora depois de iniciado o passeio na rua 24 horas (Foto: Amanda Milléo / Gazeta do Povo)
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Ninguém poderia estar mais informado das horas do que naquele lugar. Mas a região oferece muito mais. Em frente ao Paço está o Mercado das Flores e logo na rua abaixo está o comércio variado do calçadão da XV de Novembro. Quem seguir a Praça Tiradentes estará próximo da Biblioteca Pública do Paraná e, se quiser voltar, pode tomar um café enquanto aprecia o movimento no próprio Paço.

Sem sair muito do caminho, no início da Rua Riachuelo, mais uma relíquia: o relógio Raeder. Embora não esteja muito bem cuidado, ele funciona.

Quase na esquina da rua Riachuelo com a Rua Alfredo Bufren, está o prédio amarelo com o relógio Raeder (Foto: Amanda Milléo / Gazeta do Povo)

Abaixo dele, um brechó de roupas e as dezenas de lojas de móveis que são a característica da Rua Riachuelo. Sem perder tempo, o passeio por sete relógios históricos durou menos de uma hora, mas pode levar mais se o turista souber aproveitar a cidade.