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O feito deste sábado era uma das apostas mais certa: o ouro do Brasil no vôlei de praia nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, neste sábado (22). Ainda assim, o título de Alison e Emanuel foi muito comemorado em Puerto Vallarta: não só foi o primeiro do capixaba como também marcou mais um recorde na carreira do paranaense Emanuel. Aos 38 anos, é o primeiro homem a vencer duas vezes a competição de toda a América.

Eles venceram no jogo decisivo a dupla Igor Hernandéz e Farid Mussa por 2 sets a 0 em 45 minutos (21/17 e 21/12), sob o forte sol da cidade litorânea a 300 km de Guadalajara. "O Pan mostra que estamos preparados para ir mais longe", afirmou Emanuel sobre o título e referindo-se ao principal objetivo da dupla formada há menos de dois anos: a Olimpíada de Londres, para a qual ainda buscam confirmar classificação.

Assim, com mais este ouro o Brasil encerra o sétimo dia de provas com 20 ouros (dois deles ainda não computados oficialmente no quadro), 16 pratas e 20 bronzes, em um total de 50 medalhas e segue na segunda posição do quadro geral de medalhas, atrás apenas dos Estados Unidos, líder disparado do quadro, com 48 ouros, o mesmo número em pratas e 39 bronzes (total de 135 medalhas). Em terceiro lugar está o Canadá (16 ouros, 16 pratas, 20 bronzes).

Na vela, o Brasil confirmará pelo menos duas outras medalhas de ouro nas últimas regatas deste domingo. Elas foram conquistadas por antecipação pelo catarinense Matheus Dellagnello na classe Sunfish e a americana naturalizada brasileira Patrícia Freitas, que terminou a antepenúltima na classe RS-X feminina, também é conhecida como windsurf. Essas duas medalhas ainda não entram na contagem geral.

Duas brasileiras ficaram no "quase", este sábado. A nadadora Poliana Okimoto repetiu a prata do Pan do Rio, em 2007, na disputa da maratona aquática de 10 km. Ela foi superada pela argentina Cecília Biagioli, medalhista de ouro no México. Mas a paulista comemorou a medalha e diz que a prata completa um ano bom, em que o principal momento foi a conquista da vaga para a Olimpíada de Londres, no ano que vem.

Outro segundo lugar veio com a lutadora Aline Ferreira, maior esperança brasileira na modalidade luta estilo livre. Na decisão contra a cubana Lisset Hechevarria, na categoria até 72 kg, perdeu por 3 a 1 em um confronto marcado por polêmica na contagem de pontos no primeiro set. "Me roubaram ali, mas eu tinha que ter segurado no segundo round e não consegui. Não se sabe de onde eles tiraram esses dois pontos", lamentou a brasileira que somou sua segunda prata em Pans. Também na luta, a carioca Joice da Silva venceu sua luta por 3 a 0 contra a venezuelana Marcia Andrades e conquistou o bronze da categoria livre (até 55kg), com apenas uma vitória, na repescagem. Com oito atletas na chave, perdeu a estreia, mas, em outro combate polêmico – por problemas de cronometragem e reinício dos rounds, a brasileira, a brasileira lutou duas vezes contra a norte-americana Helen Maurolis. Na segunda, venceu. A primeira medalha brasileira do dia veio da água: o bronze no esqui aquático masculino de Marcelo Giardi, o Marreco, 29 anos, que, com 65,90, cedeu lugar no pódio para os Estados Unidos, com Andrew Scott Adkison, que terminou com 80 pontos. Já a prata foi canadense – Aaron Rathy obteve a marca de 72,67. E o pódio que fechou o dia do Brasil foi uma prata. O tenista Rogério Dutra Silva conseguiu o feito de ganhar duas medalhas de ouro em menos de 24 horas. O paulista que treina com Larri Passos havia sido bronze duplas mistas, com Ana Clara Duarte. Neste sábado, voltou à quadra, para tentar repetir os ouros de seus antecessores em Pan, Flávio Saretta e Fernando Meligeni. Mas não conseguiu repetir, na final contra o colombiano Robert Farah, as boa atuações das classificatórias e perdeu por 2 sets a 0 (6/4 e 6/3).

No basqute, a seleção feminina não teve dificuldades para passar pelo seu segundo desafio nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Contra um rival extremamente frágil, o time comandado por Enio Vecchi massacrou a Jamaica por 116 a 34, neste sábado, e ficou próximo de garantir a sua classificação para a semifinal. A preocupação do time ficou por conta da torção do tornozelo da pivô Clarissa, que deixou a quadra carregada e chorando muito. Exames médicos vão determinar se ela tem condições de enfrentar a Colômbia neste domingo, em jogo que fecha a fase preliminar da competição.

Facilidade tiveram também o time masculino de handebol, que venceu a República Dominicana por 41 a 17 e garantiu-se na final, em que não só o ouro está em jogo: vale também a vaga olímpica. Como já era de se prever desde o início das disputas, o adversário será a Argentina, que teve trabalho para vencer Chile por 26 a 26. "Vai ser um outro patamar técnico", disse o paranaense Tupan sobre as expectativas do jogo decisivo. Nos últimos dois Pan-Americanos (Rio, 2007 e Santo Domingo, 2003), o clássico entre brasileiros e argentinos também decidiu o ouro. E o Brasil venceu.

Se sobrou facilidade no basquete e no handebol, o futebol feminino teve um jogo difícil contra o Canadá. Sem nenhuma inspiração, ficou no 0 a 0 e, como as duas equipes ficaram rigorosamente iguais na classificação, a posição final da chave e os emparceiramentos para as semifinais foram para sorteio. E a bolinha colocou o Brasil na liderança do grupo e no caminho das anfitriãs mexicanas. O Canadá enfrentará a Colômbia.

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