Clube reforça garantias
Com a garantia de arquibancadas repletas no sábado, fica difícil para a torcida do Coritiba não criar grandes expectativas antes do jogo contra a Portuguesa. Ao mesmo tempo, tamanha aglomeração de pessoas gera certa preocupação.
Afinal, a última vez que o Estádio Couto Pereira esteve próximo da capacidade máxima (37 mil pessoas) foi justamente em seu momento mais crítico: 32 mil pessoas viram o Coxa ser rebaixado à Série B, quando o campo foi invadido.
Desta vez, para garantir a segurança, o clube faz a venda de ingressos sob a identificação e cadastramento do comprador. E, além de contar com o apoio da Polícia Militar, 250 seguranças particulares foram contratados.
"A situação é bastante diferente do que foi naquele dia, quando os ingressos foram vendidos a R$ 5 e havia todo tipo de gente no estádio", diz o vice-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade.
Neste sábado, o Coritiba volta a mandar jogos no Couto Pereira com a certeza de casa cheia. Ontem, havia filas para comprar ingressos para o jogo contra a Portuguesa e sócios-torcedores recém-filiados já esgotaram os lugares nas cadeiras inferiores do estádio.
Enquanto a torcida prepara a festa para receber o time dentro de seus domínios, a diretoria do clube festeja o aumento exponencial do número de associados nos últimos dias, motivado pela empolgação do retorno, após dez jogos como mandante em Joinville.
"Desde o início de setembro, fazemos entre 500 e 600 atendimentos por dia, 90% adesão de novos torcedores", afirma a coordenadora da Central de Relacionamento com o torcedor, Patrícia Ribeiro. Ontem, os coxas-brancas enfrentaram até duas horas na fila da central para se associar.
A meta do clube é, até o dia do duelo com a Portuguesa, ter cadastrados 12 mil sócios (mesma quantia de dezembro de 2009, antes do rebaixamento à Série B). "Acredito que vamos superar a estimativa e chegar a 15 mil associados [o dobro do que o clube somava no início deste mês]", afirma o vice-presidente do clube, Vilson Ribeiro de Andrade.
"Estávamos só esperando o Coxa voltar para o Couto para nos associarmos", disse o programador Eduardo Luiz da Luz, que foi ontem, com o amigo Lucas Souza Déa, fazer sua adesão.
Eles juntam-se aos sócio-torcedores que dizem não terem abandonado o Alviverde em seu momento mais difícil quando o clube foi punido com a perda do mando de dez jogos, por causa da invasão de campo seguida de atos de violência na última rodada da Série A de 2009, em 6 de dezembro.
"Achei importante poder contribuir financeiramente e fiz o plano no começo deste ano", conta o bancário Cesar Bobko. Em janeiro, muitos torcedores seguiram o processo inverso: deixaram de pagar seus planos e o Coxa ficou com apenas 2,5 mil associados.
Cesar e o amigo João Paulo Huzar riscam no calendário os dias que faltam para voltar ao Alto da Glória. "Dia 18, vamos comemorar o fim disso tudo" fala Huzar.
Já o gerente de risco Alfredo Peracetta voltou a associar-se há um mês. "Quando tudo aquilo aconteceu, rasguei minha carteirinha ainda no estádio. Mas cedi ao pedido dos meus filhos e voltamos a contribuir. O trabalho sério da diretoria e o bom desempenho do time influenciaram nossa volta", conta.
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