Uma das Leis de Newton pode garantir Antônio Lopes no banco de reservas do Atlético Paranaense para o Atletiba. O conceito de que "toda ação gera uma reação", desenvolvido pelo cientista inglês Isaac Newton no século 17, será a base da defesa do treinador rubro-negro na sessão desta quinta-feira do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a partir das 13 horas.
O recurso protocolado pelo Furacão e que será analisado pelos auditores faz referência à punição de 30 dias de suspensão imposta a Lopes no dia 22 de setembro, quando ele foi considerado culpado na confusão em que se envolveu com o auxiliar Altemir Hausmann na partida contra o Flamengo, realizada em 6 de setembro. O treinador reclamou de forma acintosa da postura do assistente e foi autuado nos artigos 187 (ofender moralmente o árbitro) e 188 do CBJD (manifestar-se de forma desrespeitosa ou ofensiva contra árbitros e auxiliares).
"A nossa proposição básica será no sentido de que toda a ação gera uma reação. Podemos analisar isto sob quatro pontos: o que foi dito, qual a intenção do Lopes com aquelas palavras, qual o contexto envolvido e qual a repercussão causada pelo fato. Além disso, o ofendido em questão (Hausmann) sequer aparece no processo, então como pode existir ofensa sem ofendido? O caso é difícil, mas estou esperançoso", disse o advogado Domingos Moro à Gazeta do Povo.
O defensor atleticano tentará explicar o seu ponto de vista com o depoimento de Antônio Lopes, que estará no Rio de Janeiro para o julgamento. De acordo com Moro, este fato não foi levado em conta no primeiro julgamento no STJD. Só com a explicação do Delegado é que será possível descaracterizar termos mais fortesrelatados por Hausmann, como "injusto" e "sem caráter". Enquanto o auxiliar alega ter sido ofendido, Lopes disse ter levado um "encontrão" intencional do assistente, tendo o treinador registrado inclusive um boletim de ocorrência.
Três dias depois da primeira condenação, Antônio Lopes foi beneficiado por um efeito suspensivo, o qual vem possibilitando as aparições do técnico no banco do Furacão desde então. Se a suspensão de 30 dias for mantida, Domingos Moro tentará a diminuição da pena pela metade e o restante a ser cumprido com medidas sócio-educativas. Ainda assim, este resultado, se ocorrer, tirará Lopes do clássico deste domingo, contra o Coritiba.
"Posso concordar que as expressões foram pesadas, mas elas vieram em um contexto que não foi levado em conta no primeiro julgamento. Foi justamente por isso que o presidente (em exercício do STJD) Virgílio Val concedeu o efeito suspensivo. Acho que a presença dele vai nos ajudar a ter êxito", avaliou Moro. Sem o Delegado no banco, o seu filho e auxiliar Lopes Júnior irá comandar o Atlético à beira do gramado. "Lopinho" já viveu essa experiência em 2005, mas comandando o Coritiba.
Para os jogadores mais jovens, a presença de Antônio Lopes no banco em um Atletiba é fundamental. "Ele sempre orienta ali e eu acho que ajuda muito", opinou o zagueiro Manoel. Já os mais experientes acham que este fator vai influenciar pouco, opinião compartilhada pelo próprio Delegado. "Não farei falta se não puder estar no banco, o Júnior está bem abalizado para fazer essa função, é experiente e sabe a formatação que o time tem que jogar", finalizou.
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