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Imagens mostram João Alberto sendo espancado por seguranças na loja do Carrefour em Porto Alegre: morto por asfixia. - Carrefour
Imagens mostram João Alberto sendo espancado por seguranças na loja do Carrefour em Porto Alegre: morto por asfixia.| Foto: Reprodução

O advogado do policial militar Giovane Gaspar da Silva, um dos seguranças presos acusados de envolvimento no assassinato de João Alberto Silveira Freitas, em um supermercado Carrefour em Porto Alegre, alegou que o vigilante não tinha a intenção de matar Freitas ao imobilizá-lo. A defesa de Giovane Silva levanta a possibilidade de que a vítima tenha falecido após um ataque cardíaco.

Na quinta-feira última (19), Freitas morreu após ser imobilizado e espancado por dois seguranças do supermercado: o PM Geovane Silva e vigilante terceirizado do Grupo Vector Magno Braz Borges. Silva e Borges foram presos em flagrante acusados de homicídio triplamente qualificado.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o advogado David Lea afirmou que Beto Freitas poderia estar sob efeito de entorpecentes no instante em que foi abordado. “A perícia também traz como provável causa um ataque cardíaco. Suspeita-se também que o senhor João Alberto estaria sob efeitos de entorpecentes tamanha a força que ele tinha no momento. Ele também tinha os olhos soltados e a íris expandida”, disse Leal à Folha de S. Paulo.

Imagens do circuito interno do supermercado Carrefour, obtidas pelo jornal Zero Hora, mostram que Freitas agrediu os seguranças do estabelecimento antes de ser espancado. A Polícia Civil gaúcha já tinha informações sobre o início da confusão, mas esperava mais detalhes sobre o episódio. Segundo o material que está em posse da Polícia Civil, João Alberto aparece desferindo um soco no policial militar antes da confusão.

Depois disso, João Alberto Freitas é espancado pelos seguranças por um período de quatro minutos. Ele recebeu socos e chutes na cabeça e no abdômen, mesmo após ter sido imobilizado pelos vigilantes.

Briga no Carrefour não teve conotação racista, diz defesa

Laudo pericial do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP-RS) aponta como causa da morte asfixia. “O meu cliente não teve a intenção de matar. Ele não agiu por nenhum ato racista. Ele, inclusive, tem parentes negros, o pai dele é pardo, e não tem de forma alguma qualquer preconceito quanto a isso. O Brasil é um país que é preconceituoso, com toda certeza. Existe racismo, mas, analisando, concretamente, o fato não tem nada a ver com isso”, disse o advogado para a Folha de S. Paulo.

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