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Familiares e amigos do Padre Adelir de Carli participam da missa e do enterro dos restos mortais do religioso na cidade de Ampére, Sudoeste do estado | Christian Rizzi/Gazeta do Povo
Familiares e amigos do Padre Adelir de Carli participam da missa e do enterro dos restos mortais do religioso na cidade de Ampére, Sudoeste do estado| Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

Emoção e lágrimas no sepultamento de padre Adelir em Ampére

  • Emoção toma conta da missa e do enterro do padre Adelir

Após um atraso de uma hora e meia, cerca de 500 pessoas acompanharam o sepultamento dos restos mortais do padre Adelir de Carli na tarde deste sábado (2) no cemitério da cidade de Ampére, no sudoeste do Paraná.

Antes do sepultamente foi realizada uma missa às 11h45 que durou aproximadamente uma hora. O atraso de 90 fiéis de Paranaguá, fez com que as homenagens atrasassem. Viajando em dois ônibus, os fiéis pegaram um caminho errado pela estrada na manhã de sábado e chegaram a Ampére apenas às 11h30.

No momento do sepultamento, muitas palmas, lágrimas e comoção da população tomaram conta do local. Homens da Guarda de São Cristovão da cidade de Ampére, todos vestidos de vermelho, carregaram o caixão do padre pelo cemitério.

O padre Adelir foi enterrado em uma capela especial dos sacerdotes da Congregação dos Agostinhos Descalços de Ampére, onde ele iniciou a função de evangelizar.

Segundo Moacir de Carli, irmão do padre, disse que a missa e o sepultamento foi muito emocionante. "Para a família toda foi algo muito bom. Percebemos o quanto o Adelir era querido pelos fiéis. Queremos agradecer o apoio de todos nesse momento", declarou Moacir.

Homenagem

Cerca de 300 fiéis da Paróquia São Cristóvão, na cidade de Paranaguá, receberam os restos mortais do padre Adelir de Carli para uma missa de corpo presente na sexta-feira (1°).

Segundo o irmão do padre Moacir de Carli "foi emocionante ver o carinho que os parnanguaras tinham por Adelir". "Eu não esperava tanta gente assim. Fico muito feliz em saber que o povo gostava dele e veio aqui se despedir", disse.

"Agora, temos que ter o pensamento em Deus e ir até o fim nessa missão. É a nossa última homenagem", comentou Moacir de Carli, que ao lado do bispo de Paranaguá, D. João Alves dos Santos, teve a incumbência de buscar os restos mortais do religioso no Rio de Janeiro. A missão de Moacir foi cansativa, mas segundo ele, recompensadora.

Confirmação

O Instituto Médico Legal de Macaé confirmou que os restos mortais encontrados a cerca de 100 quilômetros da costa de Maricá, no Rio de Janeiro, eram do padre paranaense, que no dia 20 de abril se aventurou em um arriscado vôo com balões de gás, partindo da cidade de Paranaguá, no litoral do Paraná, com destino a Dourados, no Mato Grosso do Sul.

O irmão do sacerdote Moacir de Carli que foi até o Rio para fazer exame de DNA, confirmou a identificação. "Recebi a ligação por volta das 16h e ainda estamos emocionados. De certa forma ficamos um pouco mais tranqüilos, já que se encerra o caso todo. É triste e dolorido, mas agora poderemos dar um destino ao corpo do irmão", disse.

A responsabilidade pelo translado dos restos mortais do padre Adelir do Rio de Janeiro para o Paraná ficou a cargo do bispo do João Alves de Souza. "Ele se colocou à nossa disposição para cuidar dessa parte burocrática", afirmou Moacir de Carli.

Vôo

O padre havia saído da cidade de Paranaguá na manhã do dia 20 de abril, um domingo, alçando vôo preso a balões de gás hélio e deveria pousar em Dourados (MS). Os ventos e o mau tempo desviaram o padre de seu percurso, levando-o à costa catarinense.

Com informações dadas na época do desaparecimento pelo Corpo de Bombeiros da cidade, pelas coordenadas recebidas da Capitania dos Portos, o padre desapareceu em uma região próxima ao balneário de Penha, que fica a cerca de 74 quilômetros de São Francisco do Sul, no estado de Santa Catarina.

Suspenso por cerca de mil balões, Carli queria ficar 20 horas no ar e bater o recorde nessa categoria de vôo. Segundo a equipe que apoiava o padre, o recorde de vôo em balões pertence a dois norte-americanos, que ficaram 19 horas no ar.

Mesmo com o céu nublado e com pancadas de chuva, o padre manteve o vôo. Segundo o empresário José Agnaldo de Morais, da equipe de apoio, Carli chegou a ser aconselhado a adiar a viagem, mas se recusou.

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