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Veja a situação das rodovias |
Veja a situação das rodovias| Foto:
  • Lentidão na BR-277: só veículos leves, ônibus e veículos que transportam donativos foram liberados ontem
  • Preocupado com a família, Adriano Cabrini foi de bicicleta até Morretes

A BR-277, principal ligação entre Curitiba e o litoral do estado, foi parcialmente reaberta ontem, mas a viagem de 100 quilômetros durou entre 7 e 8 horas. A rodovia permaneceu bloqueada em alguns pontos e o tráfego fluiu com lentidão. A orientação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) é para os motoristas só utilizarem a BR-277 em caso de extrema necessidade, por causa da lentidão e do risco de novos deslizamentos de terra.

Um dos pontos problemáticos da rodovia é o quilômetro 26, onde apenas um carro pode passar por vez. Ontem, o tráfego era liberado para um sentido de cada vez, para veículos leves, ônibus de passageiros e veículos que transportam donativos. Segundo a concessionária Ecovia, a praça de pedágio funcionou normalmente, mas com restrição a caminhões, que ficaram retidos entre os kms 60 e 70.

Um grupo de quatro caminhoneiros de Garibaldi (RS), que transporta soja para o Porto de Pa­­ranaguá, está parado na BR-277 desde a manhã de sábado. Ontem eles estavam no quilômetro 68. "Temos sorte de estar na frente de um mercado. Seria bem pior se estivéssemos no meio da serra", disse o caminhoneiro Samuel Fante, 29 anos. "Viajo há 12 anos e nunca tinha visto isso. E o pior é que ninguém fala nada, ninguém sabe de nada."

Preocupado com seus familiares, o metalúrgico Adriano Ca­­brini, 21 anos, decidiu ir de Curi­tiba a Morretes de bicicleta. Ele saiu às 10h30 do bairro Campo Comprido e chegou por volta das 14 horas a Morretes. "Eu não conseguia me comunicar com eles e fiquei preocupado depois que vi meu primo na televisão, no sábado", afirmou Fante, que tem a mãe, tios e seis irmãos morando em Morretes. "Estão todos bem, só a casa do meu tio alagou. Eles nunca viram isso, minha mãe tem 72 anos, sempre morou aqui e nunca tinha visto nada igual."

Uma opção para deixar o litoral era a PR-410 (Estrada da Graciosa), que estava parcialmente liberada ontem. Os motoristas tinham de contornar a localidade de São João da Graciosa e evitar o trecho entre os quilômetros 20 e 30. A orientação era para seguir pelo centro de Morretes, voltar para a rodovia e pegar a BR-116.

BR-376

A BR-376, entre o Paraná e Santa Catarina, foi totalmente interditada na manhã de ontem por causa de novas quedas de barreiras. O bloqueio começa no quilômetro 630 da BR-376, em São José dos Pinhais, e vai até o quilômetro 27 da BR-101, em Piraberaba (SC). O único meio de chegar até Garuva (SC) é por Guaratuba, o que implica em uma viagem pela BR-277 e na travessia do ferryboat.

Para seguir do Paraná para Santa Catarina é preciso trafegar pela BR-116 até o quilômetro 4, na região de Mafra. Nesse trecho deve-se acessar a BR-280, depois a Serra Dona Francisca (rodovia estadual catarinense) e então voltar para a BR-101, em Piraberaba, região de Joinville. Para sair de Santa Cata­rina e voltar ao Paraná deve-se fazer o caminho inverso. Outra possibilidade era sair do quilômetro 113 da BR-101, região de Itajaí, acessar o 184 da BR-470, passando por Blumenau, Ibirama e Rio do Sul, e seguir até a São Cristóvão do Sul, para depois pegar a BR-116 até Curitiba.

Ontem, a empresa Expresso Ma­­ringá suspendeu as viagens entre Curitiba e o litoral. Pela ma­­nhã, apenas um ônibus fez o trajeto. Cinco veículos da empresa Graciosa desceram para o litoral ontem à tarde. Nessa época do ano, são feitas em média 40 viagens por dia. Não é possível deixar o litoral de trem, pois as viagens de passageiros foram suspensas até domingo pela empresa Serra Verde Ex­­press. A estimativa é de que 18 viagens deixarão de ser feitas.

Serviço:

Mais informações nos fones 191 (Polícia Rodoviária Federal), 198 (Polícia Rodoviária Estadual), 0800 410 277 (Ecovia) e 0800 725 1771 (Autopista Litoral Sul).

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