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Banda STF
The Supremes? Banda Podre? Ratos de Porão? Que tal Xandão e seus Ministrinhos Amestrados?| Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Vi a imagem acima e pensei o óbvio: parece uma banda. Estou falando de Cristiano Zanin (teclado), Flávio Dino (bateria), Barroso (baixo) e Moraes (guitarra e voz). Restavam duas dúvidas. A primeira: qual o gênero musical desse conjunto? Será que é rock ou está mais para... forró? Nesse caso convém botar o Flávio Dino para tocar triângulo. Combina com o ridículo da situação.

Restava a dúvida quanto ao nome da banda. O que fiz? Joguei a isca na caótica arena pública do Twitter. De lá saíram muitas ideias, umas boas e outras nem tanto. Bitogas, Silvio?! Bitogas?! Ele aproveita para explicar que é a contração de Beatles + togas. Ok. Dando uma de urna eletrônica, declaro vencedor o nome “Ratos de Porão”. Apesar de a banda já existir e apesar de o Flávio ter de mudar o nome para João. Se bem que ele não terá dificuldades para manter o apelido.

“Banda Podre” também foi um nome muito citado. Para vocês verem a quantas anda a reputação do STF – aquela que prescinde da aprovação do povo, de acordo com Barroso. Minha ideia preferida, porém, foi “Xandão e Seus Ministrinhos Amestrados”. Até porque isso que o STF faz só pode ser “admirado” mesmo é como paródia escrachada de Justiça. Só não entendi por que o meu amigo Orlando Tosetto sugeriu “Laibach”. Mas ele deve ter um bom motivo para isso.

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E o Moro, hein?
Assim que vi as imagens de Sergio Moro abraçando “civilizadamente” e rindo “cordialmente” com Flávio Dino, pensei: xiiiiiii, vou ter que escrever sobre isso. Tive. E vou desagradar muita gente. Opa! Desta vez o erro do Moro foi tão avantajado quanto ████ e parece que não desagradei (muito). Uma pena, porque no fundo queria desagradar. Queria estar errado quanto ao que considero uma omissão e uma fraqueza imperdoáveis (tá, imperdoável é exagero) de Moro, sobretudo neste momento em que o Brasil precisava tanto tanto tanto tanto de homens com... brio. É, chamemos de “brio”.
MORO NÃO ENTENDEU NADA

Carandiru
Ando numa fase de assistir a filmes nacionais. Domingo retrasado vi “Elis”. Horrível. No domingo passado, revi “Carandiru”. O filme é de 2003 e é incrível como está tudo lá. Tudo. A bandidolatria. O maniqueísmo. A permissividade disfarçada de caridade e misericórdia. O mal relativizado e justificado dos oprimidos e o mal absoluto e imperdoável (imperdoável mesmo) dos opressores. Assistindo a “Carandiru”, entendi por que Lula é presidente do Brasil pela terceira vez. E não, não foi por causa das urnas eletrônicas.

Realidade alternativa
Na quarta-feira (13), o Brasil assistiu a um espetáculo duplamente deprimente: a sabatina de Flávio Dino na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e a posterior aprovação do nome dele para o poderosíssimo cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. Mas e se o Senado fosse populado por homens e mulheres honestos, corajosos e conscientes de seu papel institucional e histórico? E se o Senado tivesse rejeitado o nome de Dino? Sobre essa realidade alternativa, fiz um vídeo para vocês.

Enfim, o comunismo
Lula disse que está feliz. E, se Lula está feliz, estamos tristes. Mas por que Lula está feliz mesmo? Ah, sim! Porque, nas palavras do próprio “nós conseguimos colocar um comunista na Suprema Corte deste país”. É, meus amigos, a coisa tá feia. A coisa tá preta. A coisa tá ruça. Mas que isso não sirva de desculpa para você perder a esperança. Nem para que você deixe de fazer o bem.
TÁ TRISTE? DESESPERADO? LEIA ESTE TEXTO

Curso
Eu pagaria – e bem – para assistir a um curso intitulado “Como amar nossos inimigos”. Mas quem se atreveria e (mais!) quem teria capacidade para dar um curso com esse tema hoje em dia? Padre Paulo Ricardo, talvez?

Crítica literária
Ela, que disse nunca ter lido um livro na vida, me pede algo para ler. Depois de uma anamnese, concluo que a melhor porta de entrada para ela será Agatha Christie. Empresto o livro e espero. E espero. E espero. Sem pressão, mas espero. Dois meses depois ela me devolve o livro. Cara de muxoxo. Gostou?, pergunto. E ela: gostei, mas é tanto drama pra, no fim, dizer o nome do assassino. Que perca de tempo, né? Ofereço outro título da mesma autora. Ela recusa.
POR FALAR EM CRIMINOSOS...

Minha
Para se ter uma ideia do quanto estreitamos nossos horizontes. Há bons trinta anos, a revista de fofocas “Minha” lançou uma coleção de clássicos da literatura brasileira. A edição era horrível: a encadernação era porca e o papel se esfarelava ao toque. Ainda assim, clássicos. Da literatura. E brasileira, ainda por cima! E mais: clássicos distribuídos aos leitores desse tipo de publicação. Gente intelectualmente humilde, mas que de alguma forma tinha aspirações um pouquinho mais elevadas. Tudo isso para dizer que, por R$5, comprei um desses exemplares da minha formação literária: “A Escrava Isaura”.

Dane-se!
E pensar que a semana que termina com Flávio Dino ministro do STF, Sergio Moro caído em desgraça e Lula exaltando o comunismo próprio e alheio começou com... Janja dizendo “dane-se!”. E, assim, dando uma banana para as instituições, para a democracia representativa, para o processo eleitoral. O Brasil parecia outro, mais simples e mais ingênuo naquele remoto dia 11 de dezembro de 2023.
DANE-SE!

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