| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo/Arquivo

Com 808 transplantes, 2017 foi o ano do recorde de doações de órgãos no Paraná. No total, o crescimento é de 12,5% em relação a 2016 - quando aconteceram 718 procedimentos. De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, o Paraná é o segundo estado com melhor desempenho do país na área de doação. Apesar desse número alto no ano passado, em 2018, cresceu o número de famílias que se recusam em fazer a doação dos órgãos do familiar falecido.

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É o que afirma a enfermeira Luana Heberly, do Sistema Estadual de Transplantes (SET) . De acordo com ela, apesar das campanhas da Secretária de Saúde, as recusas dos familiares estão sendo frequentes em 2018. “O mérito dos resultados é o trabalho que fazemos. Nos preocupamos com a qualidade dos transplantes e não só com a quantidade. Mas a recusa familiar está muito grande esse ano. As famílias estão dizendo muito ‘não’. A população precisa se conscientizar que nossa necessidade é maior e que digam sim à vida na possibilidade de doação“, afirma

No Brasil, todos as doações são feitas depois do consentimento da família. Após a morte encefálica no paciente, as equipes das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos e a Organização de Procura de Órgãos trabalham visando o acolhimento dos familiares e informando sobre a possibilidade da doação dos órgãos.

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Em contrapartida, uma das famílias que aceitou fazer a doação foia a da youtuber Isabelly Cristine Santos, de 14 anos. A jovem morreu em consequência de um disparo de arma de fogo na PR-412, no Litoral do Paraná. Com a autorização da família, na quinta-feira (15), foram doados os rins, pâncreas e fígado.

Novidade para 2018

Em 2018, o estado vai passar a fazer o transplante de pulmão, único órgão que não era feito até então. Os procedimentos vão acontecer no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.

Recorde

Os transplantes de rins foram os mais realizados no ano passado, com 482 procedimentos executados. Na sequência aparecem fígado, com 265 transplantes, coração, 39, e pâncreas, 22. Mas, além dos órgãos, tecidos, pele, ossos, valvas cardíacas e tendões também podem ser doados. No ano passado, foram 866 transplantes de córnea.

No Paraná, o Sistema Estadual de Transplantes (SET) é o responsável pela coordenação e gerenciamento da fila de quem espera por um órgão no Paraná. Para Arlene Badoch, coordenadora do SET, os números são resultantes de uma série de ações para favorecer esse tipo de procedimento.

“Desde de 2011, trabalhamos diferentes pilares. Investimos muito na educação permanente das equipes que atuam nos hospitais e também realizamos um trabalho efetivo com o transporte dos órgãos, tanto terrestre quanto aéreo. É uma prova de que o nosso trabalho está sendo realizado com sucesso”, avalia.

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