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Governador Beto Richa e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, visitaram a área do desabamento no bairro da Laranjeira, em Antonina | Walter Alves / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Governador Beto Richa e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, visitaram a área do desabamento no bairro da Laranjeira, em Antonina| Foto: Walter Alves / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Estimativa de prejuízos

Pontes danificadas: R$ 6,9 milhões

Estradas: R$ 11,7 milhões

Pavimentação de vias urbanas: R$ 5,6 milhões

Edificações públicas: R$ 1,4 milhão

Residências danificadas: R$ 60,1 milhões

Residências destruídas: R$ 8,7 milhões

Prejuízos agrícolas: R$ 10 milhões

Total: R$ 104,6 milhões

Doações

Há vários pontos de coleta de doações para as pessoas afetadas pela destruição causada pela chuva no litoral do Paraná. Saiba como ajudar e onde levar sua doação

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Relatório da Defesa Civil – boletim das 13h de domingo

PARANÁ:(inclui os municípios de Honório Serpa, São José dos Pinhais, Mangueirinha e Rio Azul)

Residências danificadas: 3.906

Residências destruídas: 211

Desalojados: 10.652

Desabrigados: 2.499

Pessoas que ainda estão em abrigos: 436

Pessoas levemente feridas: 221

Pessoas afetadas: 32.691

Mortes: 4

ANTONINA:(Decretado estado de calamidade pública)

Residências danificadas: 1.200

Residências destruídas: 71

Desalojados: 2.289

Desabrigadas: 1.160

Pessoas que ainda estão em abrigos: 361

Pessoas afetadas: 7.550

Pessoas feridas: 200

Mortes: 02

MORRETES:(Decretado estado de calamidade pública)

Residências danificadas: 2.450

Residências destruídas: 85

Desalojados: 8.000

Desabrigados: 1.180

Pessoas que ainda estão em abrigos: 45

Pessoas levemente feridas: 21

Pessoas afetadas: 15.178

Mortes: 01

GUARATUBA:(Decretado situação de emergência)

Residências danificadas: 50

Residências destruídas: 15

Desalojados: 140

Pessoas afetadas: 1.590

PARANAGUÁ:(Decretado situação de emergência)

Residências danificadas: 130

Residências destruídas: 40

Desalojados: 103

Desabrigados: 159

Pessoas que ainda estão em abrigos: 30

Pessoas afetadas: 1.973

A ajuda preciosa dos voluntários

Na tentativa de auxiliar famílias que perderam tudo, organizar donativos ou levar água para quem está sem abastecimento desde a última sexta-feira, dezenas de moradores de Antonina mudaram suas rotinas. São pessoas que deixaram de trabalhar para tentar – da forma que é possível – minimizar o drama das vítimas da tragédia.

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Situação de emergência x estado de calamidade pública

O chefe da seção operacional da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil no Paraná, capitão Eduardo Gomes Pinheiro, explicou a diferença entre os desastres e de que forma eles são classificados:

Desastre de nível 1 – São pequenos desastres e também podem ser considerados acidentais. Trazem impacto restrito para o município por se tratar de um evento pontual, que a própria administração local tem condições de resolver. Não caracteriza uma situação anormal.

Desastre de nível 2 – São desastres de médio porte, mas que também podem ser superados pelo município ou estado sem a necessidade de auxílio externo. Também não caracteriza uma situação anormal.

Desastre de nível 3 – São desastres de grande porte. Eventos com esta intensidade indicam que o município ou estado tem condições de resolver a situação apenas com os próprios recursos, mas necessita de complementação do governo estadual ou federal, respectivamente. Caracterizam situação de emergência (SE).

Desastre nível 4 – São chamados de desastres de muito grande porte. Indicam que a situação na qual se encontra o município o estado só será superada com o auxílio de governos e órgãos externos. Geralmente são eventos que provocam a descaracterização da organização do município ou estado. O estado de calamidade pública (ECP) representa um desastre de nível 4.

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Ferrovia está interditada

Com as fortes chuvas que atingiram o litoral, os trens que fazem a ligação do Porto de Paranaguá com o restante do estado pararam de operar na sexta-feira perto do meio-dia.

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Nem tudo é culpa da natureza

Depois de sobrevoar a região da Serra da Prata e andar por várias regiões atingidas por deslizamentos durante o dia de ontem, principalmente no município de Antonina, a equipe do Centro de Apoio Científico em Desastres da Universidade Federal do Paraná (Cenacid) começa a apontar para uma mescla de responsabilidades, naturais e humanas, pela tragédia.

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Fim de semana terá chuvas moderadas e céu nublado em todo Paraná

A previsão é de pancadas de chuva moderadas e céu nublado para este fim de semana no Paraná, de acordo com o Instituto Tecnológico Simepar. Segundo o meteorologista Marcelo Brauer, as chuvas mantêm o alerta no Litoral paranaense para os desmoronamentos de terra na região.

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Especialistas apontam semelhanças entre o Litoral do PR e a região serrana do Rio

O desastre natural ocorrido na região de Morretes e Antonina, no litoral paranaense, nos últimos dias, é semelhante à tragédia registrada em janeiro passado na região serrana do Rio de Janeiro. A formação geológica da área em que foi registrado o maior desastre natural do país, no começo do ano, tem as mesmas características da região atingida aqui no Paraná – as duas localidades fazem parte da mesma Serra do Mar

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Honório Serpa decreta estado de emergência

Cascavel - Luiz Carlos da Cruz, correspondente

A prefeitura de Honório Serpa, distante 60 quilômetros de Pato Branco, no Sudoeste do estado, decretou ontem estado de emergência devido ao temporal que atingiu a cidade na noite de quinta para sexta-feira da semana passada. Cerca de 70% dos habitantes da cidade foram atingidos pela chuva, mas não há registro de pessoas desabrigadas.

O caso mais grave ocorreu na comunidade de Linha Miranda onde um homem de 75 anos morreu ao ser arrastado pela enxurrada quando tentava atravessar o Rio Gigante. O aposentado José Guer­­ra, que possuía problemas de visão, não conseguiu concluir a travessia a qual estava acostumado a fazer quase que diariamente e, devido ao volume de água, foi levado pela correnteza.

De acordo com o prefeito Rogé­­rio Antonio Benin (PDT), 12 pontes e cerca de 40 bueiros foram destruídos pelas chuvas, que danificaram aproximadamente 300 quilômetros de estradas rurais. Parte do perímetro urbano também foi alagada. Os prejuízos, segundo o prefeito, chegam a R$ 1,34 milhão.

A prefeitura vai buscar recursos com o governo federal para recuperar o que foi danificado. "O mu­­nicípio não tem condições financeiras de recuperar sozinho", relata o prefeito. Anteontem, uma reunião na Câmara de Vereadores discutiu medidas emergenciais para amenizar a situação. "Vamos tentar recuperar o mais rápido possível", afirma Benin.

Em Mangueirinha, município vizinho, a chuva também provocou estragos, mas não na mesma proporção. De acordo com Volmir Welter, secretário de Adminis­­tração, aproximadamente 100 quilômetros de estradas, 20 bueiros e cinco pontes precisarão ser recuperados após o temporal. A prefeitura ainda não tem um levantamento dos prejuízos.

usado, mas não se sabe quanto desta verba poderia ser destinada para o estado. O ministro reforçou que as verbas serão destinadas para obras emergenciais e que a reconstrução das cidades, neste momento, fica em segundo plano. Ele sinalizou que deve pedir mais dinheiro por medida provisória.

Bezerra, e o secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, fizeram um sobrevoo sobre as regiões atingidas pelas chuvas. Eles passaram pela localidade de Floresta, em Morretes; em Laranjeiras, em Antonina; e seguia para verificar a situação em Paranaguá. Ele retornou para Curitiba sobrevoando as rodovias, para verificar a dimensão dos estragos causados com a destruição de pontes e as filas de carros.

Dois helicópteros fizeram as viagens. Em um deles, além do ministro e do secretário, estavam o governador Beto Richa (PSDB) e a senadora Gleisi Hoffmann (PT). Na outra aeronave, o presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Mounir Chaowiche, e jornalistas da Agência Estadual de Notícias.

Em passagem pelo Rio Grande do Sul, o ministro sinalizou uma ajuda de R$ 10 milhões para o estado, mas não liberou o recurso. Esse dinheiro vem de um recurso que o governo disponibilizou para as defesas civis em 2010, em um total de R$ 700 milhões.

Possibilidades

O governo federal vai estudar a possibilidade de liberar novas linhas de crédito para a reconstrução de casas que foram destruídas pelas chuvas no Litoral paranaense. O compromisso foi firmado na terça-feira (15), quando os prefeitos de Antonina ? Carlos Augusto Machado ?, Morretes ? Amilton Paulo de Paula ?, e Paranaguá ? José Baka Filho ? se reuniram com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e o secretário nacional da Defesa Civil, Humberto Viana.

No encontro ficou acertado que a União vai liberar recursos para recuperar o que foi destruído com as chuvas, especialmente para obras de infra-estrutura. As ações serão centralizadas pelo governo do Estado, que deve receber as verbas para fazer o repasse.

Bezerra também falou em avaliar algumas possibilidades. Entre elas está a liberação de recursos da previdência social e do FGTS para a reconstrução de casas. Ele também comentou que é possível criar uma linha específica dentro do programa "Minha casa, Minha Vida" para a construção de casas. Ele estima que possam ser feitas entre mil e 1,5 mil residências por essa linha de crédito.

Além dos prefeitos, participaram da reunião o secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho (irmão do governador Beto Richa) e pelo presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Mounir Chaowiche. A senadora Gleisi Hoffmann (PT) também participou do encontro.

A ação é uma resposta do governo federal aos pedidos do governador Beto Richa. Ele telefonou para a presidente da República, Dilma Rousseff, na manhã desta terça. Os dois conversaram por cerca de cinco minutos e houve o comprometimento de Dilma em enviar ajuda para o litoral do Paraná.

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MP-PR pede a retirada das famílias das áreas de risco

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) entrou com medida cautelar pedindo a retirada de todas as famílias que se encontram nas áreas de risco em Antonina, Litoral do Paraná. ?Queremos que a medida cautelar apresentada sirva como base para que novas tragédias não venham a ocorrer e que a região, se de fato não tiver condições, não volte a ser ocupada?, disse a promotora de Justiça, Rosana Mikrut da Rocha Loures Demchuk, autora da ação, por meio da assessoria de imprensa.

A medida também requer o reforço policial nas áreas afetadas. ?Como muitas famílias não saem de suas casas em função de seus patrimônios, buscamos resguardar igualmente seus bens, pedindo reforço e vigilância policial nas áreas desabrigadas, bem como inventariando os pertences das vítimas?, disse.

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População em abrigos no litoral

São 581 pessoas ainda instaladas em abrigos no litoral do Paraná, quatro dias após os deslizamentos. O número faz parte de dados divulgados pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil nesta quarta-feira (16), no boletim das 19 horas. O número de desabrigados chegou a 2.499 em Antonina, Morretes e Paranaguá.

O maior número de desabrigados registrado pela Defesa Civil ocorreu em Morretes. O órgão informou que 1.180 pessoas foram cadastradas em abrigos na cidade, mas que apenas 145 permaneciam em abrigos improvisados até a tarde desta quarta. O restante dessas pessoas conseguiu se alojar em casa de familiares ou saiu da cidade e deixou de fazer parte da estatística do órgão.

Em Antonina está o maior número de pessoas que ainda permanecem em abrigos. Eram 300 nesta quarta-feira. O total no município chegou a 1.160. Com relação a Paranaguá, 136 moradores da cidade estão em abrigos.

Guaratuba - a quarta cidade do litoral atingida pela chuva - não teve desabrigados, segundo a Defesa Civil.

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Atividades nos oleodutos suspensas

A Petrobras está deslocando gasolina e óleo diesel de São Paulo para evitar desabastecimento no Paraná. A Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) tem produzido pouca quantidade de combustíveis porque a atividades dos oleodutos que abastecem a refinaria foram suspensas.

Os deslizamentos BR-376 danificaram oleodutos em Paranaguá, São Francisco do Sul (SC) e Biguaçu (SC) e impedem o transporte de Petróleo. A estimativa da Petrobras é de que o fornecimento deve ser normalizado em dez dias. O presidente do Sindicombustíveis-PR, Roberto Fregonese, afirma ser pouco provável a falta de combustível no Paraná.

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Limpeza das casas atingidas pela chuva no litoral

Famílias do litoral do Paraná que tiveram a casa invadida pela enchente e pelo barro e já receberam autorização dos órgãos competentes para retornar aos imóveis precisam ter cuidado no momento da limpeza das casas.

Segundo o órgão, o barro - que fica nas casas depois que o nível da água baixa - está contaminado. Existe risco de leptospirose, pois pode haver a bactéria presente na urina dos ratos.

A orientação da Secretária de Estado da Saúde (Sesa) é para que as pessoas façam uso de botas e luvas plásticas na limpeza, de acordo com a Agência Estadual de Notícias, órgão oficial de comunicação do governo do Paraná. As casas precisam ser desinfetadas com água e água sanitária. Todos os alimentos e medicamentos que entraram em contato com água ou barro contaminados precisam ser eliminados e não podem ser consumidos.

Outro problema é a possível presença de animais peçonhentos dentro das casas, como cobras e escorpiões. É preciso também ter atenção redobrada para arrastar móveis.

Para limpeza da caixa d?água, a cada mil litros de água deve-se usar 100 mililitros (mls) de hipoclorito de sódio a 2,5% ou 100 mls de água sanitária (dois copinhos de café descartáveis).

A Sesa enviou técnicos ao litoral para orientar a população sobre a limpeza das casas e reforçou o estoque de medicamentos.

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Defesa civil confirma quarta morte

A Coordenadoria de Defesa Civil confirmou, em seu boletim divulgado às 18 horas de terça-feira (15), a quarta morte causada pela chuva no Paraná. Este é o terceiro óbito registrado no Litoral, o primeiro em Morretes, na localidade de Floresta. As duas primeiras ocorreram em Antonina. Outra morte foi registrada em Honório Serpa, no Sudoeste, onde a vítima foi arrastada pela enxurrada.

A mulher, identificada como Maria de Souza Lopes, teria morrido afogada dentro de casa, em Morretes, e foi arrastada pela enxurrada. Ela, que teria entre 53 e 58 anos, estava desaparecida desde a sexta-feira (11). Seu corpo foi encontrado nesta terça e encaminhado para o IML de Paranaguá.

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Calamidade pública

Conforme a Gazeta do Povo já havia antecipado, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), assinou na manhã de terça-feira o decreto que declara os municípios de Morretes e Antonina em estado de calamidade pública.

A Coordenadoria Estadual da Defesa Civil recebeu documentos dos municípios, como os decretos e a Avaliação de Danos (Avadan), e encaminhou à Procuradoria-Geral do Estado.

A Procuradoria estudou os documentos e a melhor forma legal de declarar o estado de calamidade para esses municípios.

O decreto reforça a necessidade de contar com recursos do governo federal para a reconstrução das cidades. A avaliação da liberação das verbas do Ministério da Integração Nacio­nal é feita por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil.

Antes do governo do Paraná, a prefeitura de Morretes decretou estado de calamidade pública no domingo (13).

Guaratuba decretou situação de emergência na segunda-feira (14) e Paranaguá havia tomado essa providência na sexta-feira (11).

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Estradas

O trânsito fluía com lentidão na BR-277 nos dois sentidos na noite desta quarta-feira (16). Durante a tarde, o percurso entre Curitiba e litoral era feito em 3 horas, em média.

Os caminhões desciam a Serra do Mar em comboio. Os veículos eram retidos antes da praça de pedágio São José dos Pinhais. Segundo a Ecovia, não havia mais fila de caminhões na noite desta quarta-feira.

No quilômetro 26, onde restou somente uma das duas pontes, é liberada a passagem de um caminhão de cada vez, segundo a concessionária. Os caminhões foram liberados para descer a Serra do Mar no fim da noite de segunda-feira, por volta das 21 horas. Os veículos seguem para o Porto de Paranaguá, onde é escoada a safra.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, por volta das 22 horas, os motoristas levavam até 40 minutos para passar por esse trecho em direção a Curitiba e cerca de 20 minutos no sentido Litoral.

No km 24, onde há o acesso para Morretes pela PR-408, o tráfego foi liberado para veículos leves na noite desta quarta-feira. Durante todo o dia, cerca de 60 soldados do exército trabalhavam na montagem de uma ponte metálica sobre o Rio Sagrado Três. A ponte de cimento que havia no local foi destruída pela chuva dos últimos dias. A ponte provisória deve permanecer no local por cerca de um mês, até a construção de uma definitiva.

A BR-227 continua sendo uma das rotas possíveis para deixar o litoral do Paraná. A orientação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) é de que somente quem tem extrema necessidade pegue a estrada. Há risco de novos deslizamentos e a estrada poderá ser fechada novamente. A Estrada da Graciosa (PR-410) é outro caminho que pode ser utilizado para deixar o litoral. A Polícia Rodoviária Estadual alerta que a rodovia poderá ser fechada a qualquer momento e recomenda prudência na estrada. Também vale a recomendação para trafegar apenas em casos emergenciais.

A BR-277 está liberada para o trânsito de caminhões, veículos leves, ônibus de passageiros e veículos que transportam donativos. Do quilômetro 12 ao 29, o trânsito estava em meia-pista nesta quarta-feira.

A PR-410 (Estrada da Graciosa) estava parcialmente liberada e também era utilizada para deixar o litoral. Os motoristas devem contornar a localidade de São João da Graciosa. A recomendação da PRE é evitar o trecho entre os quilômetros 20 e 30, onde ainda há obras do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

Deve-se contornar esse trecho pelo centro de Morretes e depois voltar para a PR-410. A seguir, os motoristas devem trafegar até a BR-116 e pegar as pistas de retorno para Curitiba.

BR-376

A BR-376 - que estava totalmente interditada desde segunda-feira (14), em função da queda de barreiras - foi liberada com restrições em uma operação emergencial, na noite desta terça-feira (15). Às 20h, a pista do sentido Sul da rodovia passou a operar no sistema "pare e siga". Entre o km 651 e o km 672, nas regiões de Tijucas do Sul e Guaratuba.

A direção do tráfego é alterada a cada duas horas, de acordo com informações da Autopista Litoral Sul e PRF. Na tarde desta quarta-feira, a fila chegou a 12 quilômetros no sentido Curitiba e de 8 quilômetros no sentido Santa Catarina. A previsão da PRF é de que o trajeto entre Curitiba e Joinville leve entre 4 a 6 horas para ser percorrido - o dobro do normal.

Uma nova interdição total da rodovia chegou a ser divulgada pela concessionária, às 17h05, por conta de pane mecânica em quatro carretas. A PRF desmentiu a informação e disse que o tráfego no local está liberado e fluindo normalmente.

O principal objetivo da operação de emergência é permitir que veículos com donativos e gasolina cheguem ao litoral para abastecer as cidades atingidas pelas chuvas.

A PRF ainda alerta que a rodovia pode voltar a ser fechada a qualquer momento caso exista a ameaça de novos deslizamentos ou chova forte no trecho.

Possíveis desvios

A recomendação da PRF e da Autopista continua sendo usar os caminhos alternativos. Os motoristas que precisam ir de Santa Catarina para o Paraná e estão na BR-101/SC podem sair da rodovia no km 113 (região de Itajaí), acessar o km 184 da BR-470/SC (passando por Blumenau, Ibirama e Rio do Sul) até a cidade de São Cristóvão do Sul (SC) e pegar a BR-116 até Curitiba.

Os usuários que estão em Curitiba e precisam viajar a Santa Catarina podem fazer o caminho inverso: seguir pela BR-116 até o km 84 (São Cristóvão do Sul), acessar a BR-470/SC e chegar à BR-101/SC por Itajaí (km 113).

Outra possibilidade para quem pretende seguir para Santa Catarina é pegar um desvio pela BR-116, para depois possa voltar à BR-101 (a partir do quilômetro 27), de acordo com a concessionária Autopista Litoral Sul.

Para seguir do Paraná para Santa Catarina é preciso trafegar pela BR-116 até o quilômetro 4, na região de Mafra. Nesse trecho deve-se acessar a BR-280, depois a Serra Dona Francisca e então voltar para a BR-101, em Pirabeiraba, região de Joinville.

Para sair de Santa Catarina e voltar ao Paraná deve-se fazer o caminho inverso, segundo a concessionária.

Uma possibilidade para chegar a Garuva (SC) é seguir pela BR-277, depois pela PR-407 (Pontal do Paraná) e chegar a PR-412 (Guaratuba). O motorista deve atravessar o ferryboat, continuar na PR-412 e então chegará a Garuva.

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Ônibus

De acordo com a Urbanização de Curitiba S.A (URBS), as empresas que operam linhas apra o litoral do Paraná e Santa Catarina - Expresso Maringá, Viação Graciosa e Catarinense - estão com frota reduzida, mas fazem as viagens regularmente desde terça-feira (15).

Com relação à empresa Graciosa, habitualmente são, em média, 40 viagens no sentido Curitiba-litoral. Nesta quarta-feira (16), a empresa também retomou as operações para todas as cidades, inclusive para Antonina, com uma frota reduzida.

A empresa Catarinense, que opera as linhas que levam ao litoral de Santa Catarina, operava normalmente, mas mudou o itinerário: os ônibus seguem para o litoral passando pela cidade de São Bento do Sul (SC).

De acordo com a Urbs, todas as empresas afirmaram que a procura por passagens para o litoral é pequena e o público que estava viajando era formado, sobretudo, por pessoas que vivem no litoral ou têm parentes na região.

A Graciosa informou que as viagens demoram entre 3 e 8 horas. Em condições normais, o percurso entre Curitiba e o litoral é feito em 1h30. Ainda não foi feito o levantamento dos prejuízos por causa do cancelamento de viagens.

Trem

Não é possível deixar o litoral de trem, pois as viagens de passageiros foram suspensas até o próximo domingo (20), de acordo com a empresa Serra Verde Expressa. O percurso foi suspenso na última sexta-feira (11). A estimativa da empresa é de que 18 viagens (ida e volta) serão suspensas até 20 de março.

De acordo com a América Latina Logística (ALL), responsável pela rede férrea, a passagem de trens ainda não foi restabelecida. O trecho entre Morretes e Marumbi estava liberado, mas os técnicos da empresa ainda trabalhavam na liberação do trecho entre Morretes e Paranaguá. Não há previsão de quando o tráfego será restabelecido.

Reconstrução na BR-277 deve levar 6 meses

Na BR-277, a Ecovia estima que as obras de reconstrução das pontes e das pistas, que já começaram a ser feitas, sejam concluídas em até 180 dias, se as condições do tempo forem favoráveis. Provisoriamente, estão sendo construídas estruturas de metal e ferro que serão instaladas no lugar das pontes que caíram nos km 18 e 24. As informações atualizadas podem ser consultadas pelo twitter da Ecovia (@ecovia) ou da PRF (@PRF191PR)

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Situação em Antonina e Morretes

Em Morretes, segundo o último levantamento da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, divulgado às 19 horas desta quarta-feira (16), o número de desabrigados era de 1.180. Ao todo, 15.178 pessoas foram afetadas pelas chuvas na cidade.

A chuva também obrigou outras 8 mil pessoas a deixarem suas casas e procurarem abrigo com parentes e amigos. Pelo menos 2.450 residências foram danificadas e outras 85 destruídas.

As três agências bancárias de Morretes não funcionaram na segunda-feira (14). Além de estarem fechadas, os caixas eletrônicos das agências da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Itaú foram danificados pelas fortes chuvas que atingiram o litoral e também não podiam ser utilizados pela população. Uma solução encontrada pelos moradores era pagar contas na única lotérica do município. Para quem é cliente da caixa econômica, o estabelecimento também era utilizado para saques. Havia longa fila nessa lotérica na tarde de segunda.

A interdição na BR-277 entre sexta-feira (11) e domingo (13) fez com que fornecedores dos supermercados de Antonina não conseguissem chegar ao município. Em alguns comércios faltavam biscoitos, em outros carnes e ainda alimentos de preparo rápido. Apesar da situação, não se pode afirmar que faltam alimentos na cidade. Como foi dito, há dificuldade para encontrar produtos pontuais.

O grande problema de Antonina é de que não há água mineral para se comprar na cidade. Os moradores podem conseguir alimentos, água e leite na estrutura montada pela Defesa Civil, na Estação Ferroviária.

Outro ponto de distribuição de água é em um colégio na Ponta da Pita, segundo a Defesa Civil. No local funciona uma escola municipal e um colégio estadual. O endereço é Rua Engenheiro Luiz Augusto Leão Fonseca, 923.

Além disso, não havia gasolina nos postos de combustível. Os motoristas encontravam apenas álcool.

A região mais afetada em Antonina pela chuva foi a do bairro Laranjeiras. O que se pôde observar logo na chegada ao município é de que há muitas casas soterradas. As ruas próximas à rodoviária estão cheias de barro, porém, os veículos ainda conseguiam passar com dificuldades.

A Defesa Civil havia liberado a entrada dos moradores da região do Mirante das Pedras, no Centro, em suas casas, para que tentassem salvar alguns pertences. A autorização foi suspensa porque havia risco de deslizamentos de terra e de pedras do morro.

Em casos emergenciais, a orientação é para que a população de Antonina procure a Polícia Rodoviária Estadual, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. Esses órgãos estão auxiliando a população a sair de Antonina em situações de urgência.

Na cidade, 7.550 pessoas foram afetadas pelas chuvas, sendo que 6 mil estão desalojadas e 1.160 desabrigadas. Foram danificadas 300 residências e 71 foram destruídas.

Sobrevoo

A Mineropar realiza sobrevoos diários em Antonina para verificar os deslizamentos e os problemas causados por eles. Até a manhã desta quarta-feira (16), já foram relacionados 50 pontos de deslizamentos. As áreas somam 130 casas e mil pessoas em situação de risco nos bairros Caixa D'Água, Laranjeiras, Graciosa de Cima, Batel, Portinho, Bico da Viúva e Tucunduva.

Um outro levantamento vai verificar quais residências não poderão ser mais habitadas. Com este laudo, a Prefeitura de Antonina providenciará dois tipos de abrigo: um de curta duração, para pessoas que poderão voltar às suas casas, e outro de longa duração, para pessoas cujas casas não apresentarem condições de moradia.

A Mineropar também fará o mapa de risco de Antonina a médio e longo prazos.

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Situação em Paranaguá

Para restabelecer o abastecimento de água em Paranaguá, agentes do Corpo de Bombeiros de Curitiba foram prestar auxílio. Eles trabalham na região do manancial Miranda com motosserras e equipamentos de mergulho para trabalharem na limpeza do local onde será feita a captação de água. A Marinha do Brasil também está prestando apoio no transporte de uma balsa de três toneladas para a represa do Rio Miranda, de onde vai ocorrer o bombeamento de parte da água que abastece o município. Para esta missão, dez militares vão usar o helicóptero Super Puma (UH-14). A distribuição está sendo feita por meio de caminhões-pipa, que distribuem água gratuitamente.

As aulas da rede municipal, estadual e particular foram suspensas na segunda-feira (14) em Paranaguá em razão da falta de água tratada. O abastecimento continuava interrompido, pois a chuva levou lama e detritos para os mananciais, onde é feita a captação da água, segundo o diretor da empresa CAB Água de Paranaguá, Mário Miller.

?Nossa estação não consegue tratar a água pois analises apontaram 100 vezes mais barros e detritos na água do que antes da chuva?, disse.

A falta d?água afetou também o atendimento no Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá. As cirurgias eletivas foram suspensas e o hospital atende apenas os casos emergenciais. Caminhões-pipa estão levando água para o hospital a cada três ou quatro horas.

Appa informou na tarde de segunda-feira (14) que disponibilizou todo seu estoque de água para doar à população de Paranaguá. Cerca de um milhão de metros cúbicos foram colocados à disposição da Defesa Civil na cidade para ajudar a população que sofre com a falta de água.

Desde sábado, a Appa interrompeu o abastecimento de água nos navios para poder destinar seu estoque à população da cidade.

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Fornecimento de luz e água

A estação de captação de água de Antonina voltou a operar na madrugada desta quarta-feira (16), mas o bombeamento voltou a ser interrompido no início da tarde. Os funcionários do Serviço Autônomo Municipal da Água e Esgoto para reparar todos os danos provocados pela chuva nas redes de distribuição. "A parte central da cidade chegou a receber água, mas o volume ainda não foi suficente para chegar aos bairros mais afastados", disse o diretor da empresa Paulo Brosca.

Em Paranaguá, cerca de 30% do fornecimento de água deve ser restabelecido até o fim de semana. A informação foi repassada pelo diretor da empresa CAB Águas de Paranaguá, Mário Muller ao prefeito da cidade, José Baka Filho.

Das quatro captações de água, duas foram totalmente destruídas. A terceira, localizada na Serra do Mar, precisa ser desassoreada. Uma draga será levada por um helicóptero da Marinha. A quarta captação já entrou em operação, mas o alto nível de turbidez da água impede o tratamento.

Até esta quarta-feira (16), 545 residências permaneciam sem luz no Litoral. Só em Paranaguá são 171 unidades afetadas nas regiões de Floresta e do Morro Inglês. Desde que a chuva forte começou a atingir o litoral, na semana passada, 22.800 casas ficaram sem energia elétrica em algum determinado momento.

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Litoral - Depoimento moradora

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(Colaboraram com a matéria: Vanessa Preteano, Fabiane Ziolla Menezes, Isadora Rupp, Breno Baldrati, Fernanda Leitóles, Vitor Geron, Gladson Angeli, Fernanda Trisotto, Eloá Cruz e André Golçalves, correspondente em Brasília)

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